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Da barbárie colonial à política nazista de extermínio

category internacional | anti-fascismo | other libertarian press author Thursday October 12, 2006 08:15author by Francisco Trindade Report this post to the editors

Da barbárie colonial à política nazista de extermínio

Da barbárie colonial à política nazista de extermínio


Apresentamos o novo texto do blog http://www.franciscotrindade.blogspot.com

Texto intitulado

Da barbárie colonial à política nazista de extermínio

Segue-se excerto do texto que pode ser lido na íntegra em
http://www.franciscotrindade.blogspot.com

A autora de "A Ferocidade branca" [Albin Michel, 2001] desenvolve uma argumentação original e pertinente que Césaire exprimira com convicção no seu "Discurso sobre o colonialismo", o elo entre as políticas de destruição colonial, o enselvageamento das sociedades europeias e, em retorno, o choque do nazismo sobre essas mesmas sociedades. Afrikara publica o texto duma comunicação dessa militante afro-descendente, apresentada dia 15 de Junho em Berlim no âmbito do Fórum de Diálogo organizado pela secção europeia da Fundação AfricAvenir.

Estamos reunidos aqui para analisar em conjunto o elo histórico que, como um fio condutor, leva da barbárie colonial à política nazista de extermínio. Trata-se de um esforço que visa detectar pelo menos a maioria dos factores que, de maneira directa ou indirecta, teriam favorecido o desenvolvimento político e o desabrochar ideológico da empresa de desumanização que foi a barbárie nazista, na Alemanha e para lá das suas fronteiras.

Esta contribuição será útil a todo o esforço que almeje pôr fim a todo o tipo de discriminação, donde quer que ela venha; a começar pela discriminação que consiste em classificar os crimes, para mais tarde, segundo a identidade das vítimas ou, por vezes, a dos carrascos, seleccionar o crime que se deve condenar. Esta hierarquização dos crimes e, portanto, a da sua condenação, continua sendo um entrave decisivo na luta pela prevenção dos crimes contra a humanidade, entre os quais o crime de genocídio.

Escravatura e tráfico de escravos

Convém precisar logo de princípio que as guerras de conquista e os crimes associados ao domínio colonial, tal como a redução de seres humanos à escravatura, eram já realidade desde tempos imemoriais. Por exemplo, quando o domínio dos árabes muçulmanos se estende em direcção à Europa, o comércio de seres humanos é já uma actividade milenar entre os europeus. O reinado do Islão em Espanha de 711 até 1492 limitou-se a dinamizar o tráfico de escravos dentro de Europa [1] , fazendo do continente um importante fornecedor de escravos, homens e mulheres, expedidos para os países do Islão.

Os prisioneiros, maioritariamente eslavos, alimentavam o comércio de homens entre Veneza e o império arabo-muçulmano do Mediterrâneo sul. É assim que nas línguas ocidentais a palavra "escravo" ou "eslavo" substitui o "servus" latino para designar os trabalhadores privados de liberdade. Dito doutra maneira, durante vários séculos cristãos europeus venderam outros europeus a comerciantes judeus especializados no fabrico de eunucos [2] , mercadoria bastante consumida e fortemente solicitada nos países do império muçulmano.


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Saudações proudhonianas
Até breve
Francisco Trindade

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