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Na era pós-petróleo, os sindicatos e a mania do crescimento

category internacional | imperialismo / guerra | other libertarian press author Friday September 15, 2006 01:02author by Francisco Trindade Report this post to the editors

Na era pós-petróleo, os sindicatos e a mania do crescimento

Na era pós-petróleo, os sindicatos e a mania do crescimento

Apresentamos o novo texto do blog http://www.franciscotrindade.blogspot.com

Texto intitulado

Na era pós-petróleo, os sindicatos e a mania do crescimento

Segue-se excerto do texto que pode ser lido na íntegra em
http://www.franciscotrindade.blogspot.com

É de extrema urgência reflectir sobre uma política de emprego adequada à era pós-fóssil. Economia, ecologia, política e movimento sindical no umbral de uma mudança de era.
Todos os dados coincidem sem margem para dúvidas: o crescimento económico está a retroceder nos países industrializados: Um crescimento digno desse nome só acontece quando cada vez mais matéria e energia se transformam em bens e serviços que constituem o produto social.
Porém, o aumento em termos absolutos do consumo de bens da natureza é, desde há anos, notavelmente estável. Na "Europa dos 25" manteve-se, de 1996 a 2005 entre os 700 e 900 euros (ecus antes de 1999) per capita por ano. Por seu lado, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1996 e 2005 na "Europa dos 25" cresceu em média 2,5 por ano (até 2000 um pouco mais, depois, um pouco menos). Na Alemanha, o PIB real entre 2001 e 2005 teve um crescimento de apenas 0,36%.
Como é sabido, o crescimento depende de duas componentes: do aumento do tempo de trabalho e do aumento da produtividade, sobre cada um dos quais incidem inúmeros factores. Por exemplo: o progresso técnico, o sistema de relações industriais, os mercados financeiros, a qualificação da força de trabalho ou a participação no rendimento dos diferentes grupos etários, ou seja, todos aqueles factores que as "regras de jogo" do capitalismo – seja "atlântico" ou "renano" – caracterizam como determinantes.
Falta dizer que a equação do crescimento também se pode interpretar pela sua relação causal: quanto maior for a progressão da produtividade, tanto menor será a quantidade de trabalho necessária para atingir uma determinada taxa de crescimento. Para compensar este efeito, dado um determinado nível de produtividade, é sempre necessário aumentar a produção. Se isto não for conseguido, cresce o desemprego.
Tudo isto foi já claramente entendido por David Ricardo no início do século XIX. Falou da redundant population ", originada pelo "aumento do bem-estar das nações": desempregados, marginalizados e milhares forçados à emigração. Entre 1820 e 1914, cerca de 55 milhões de europeus abandonaram o seu continente, encontrando um novo lar no "Mundo Novo", mas também na Austrália, Ásia e África. Hoje, multidões de "supérfluos planetários" vêem-se empurradas, não só para a inactividade e desemprego, mas também, em grande parte, para uma economia informal assente em precárias relações laborais. E, ainda, para os circuitos de migração, obviamente sem possibilidade de conquistar um "Novo Mundo", pois as fronteiras são espessas, e um novo "lar" só se consegue em situações de ilegalidade ou semilegalidade.

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Saudações proudhonianas
Até breve
Francisco Trindade

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