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Internacional da tortura: os documentos que a Coroa britânica queria censurar

category internacional | anti-fascismo | other libertarian press author Wednesday September 06, 2006 17:01author by Francisco Trindade Report this post to the editors

Internacional da tortura: os documentos que a Coroa britânica queria censurar

Internacional da tortura: os documentos que a Coroa britânica queria censurar

Apresentamos o novo texto do blog http://www.franciscotrindade.blogspot.com

Texto intitulado

Internacional da tortura: os documentos que a Coroa britânica queria censurar

Segue-se excerto do texto que pode ser lido na íntegra em
http://www.franciscotrindade.blogspot.com

O ministério britânico dos Negócios Estrangeiros proibiu o embaixador Craig Murray de publicar documentos na sua posse que mostram a responsabilidade da Coroa na Internacional da tortura. Relativamente à necessidade de trazer estes documentos ao conhecimento do público, particularmente dos súbditos da Sua Muito Graciosa Majestade, para defender a liberdade, a Rede Voltaire decidiu prestar o seu apoio ao embaixador Murray e enfrentar a censura publicando as provas da culpabilidade da Coroa. Apela a todos os outros sítios de informação a retomá-los por sua vez.


Craig Murray, que os nossos leitores conhecem já desde a sua intervenção na conferência Axis for Peace de Novembro de 2005, era embaixador da Coroa britânica no Uzbequistão até à sua denúncia do apoio prestado pelo eixo estadunidense¬ britânico ao regime iníquo de Islam Karimov sob o pretexto de “guerra contra o terrorismo” [1]. A fim de provar as suas declarações, tinha mesmo feito encaminhar até ao Reino Unido e autopsiar o corpo de um opositor uzbeque a fim de provar que tinha sido fervido vivo.
Em pleno escândalo da subcontratação da tortura pela Coligação da “guerra contra o terrorismo” a regimes que a praticam correntemente a fim de fazer calar a sua oposição, Craig Murray lutou para fazer publicar o seu relato e o conjunto dos elementos à sua disposição sob a forma de um livro, Murder in Samarkand (Assassinato em Samarcanda), que contém as provas, sob a forma de documentos oficiais carimbados pelo ministério dos Negócios Estrangeiros de Sua Majestade, da utilização pela Coligação de informações obtidas sob tortura. Pelo menos este livro devia conter estas provas, divulgadas em virtude da “Freedom of Information Act”, pois a partir da sua publicação Murray descobriu que ele significava que lhe seria intentado um processo por… transgredir o direito de reprodução de documentos que emanam da Coroa! Seria certamente mais simples para o Foreign Office (ministério dos Negócios Estrangeiros britânico) processá-lo pela divulgação de segredos de Estado, no entanto nenhum tribunal aceitaria condenar um militante que denuncia a tortura.
Assim, tal processo contra Murray significaria para o governo de Tony Blair negar a Freedom of Information Act (FOIA) que ele mesmo estabeleceu, antes do desencadeamento da “guerra contra o terrorismo”, e proibir a publicação de qualquer documento proveniente do governo britânico durante cem anos (lei sobre os direitos de autor), salvo para uma utilização estritamente pessoal.
Ameaçado de endividamento colossal, Murray resolveu-se pois a fazer figurar no seu livro apenas os endereços de Internet que apontam para os documentos acessíveis gratuitamente no seu sítio Internet, livrando¬ se assim de qualquer acusação de utilização comercial de documentos de propriedade “alheia”. Evidentemente, as ameaças não cessaram por isso.



Textos de ontem:

Provérbios para gente culta
A excepção e a regra
O protectorado que se segue...
A ameaça real que enfrentamos é Blair
Guerra (in)justa
Só por si a lucidez nem sempre nos leva a bom porto

Saudações proudhonianas
Até breve
Francisco Trindade

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