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A necessidade de um pensamento radical latino-americano

category internacional | movimento anarquista | opinião / análise author Saturday June 06, 2015 08:52author by BrunoL - 1 of Anarkismo Editorial Groupauthor email blimarocha at gmail dot com Report this post to the editors

Recentemente tive a oportunidade de fazer uma comparação de cenários políticos em um programa de rádio do Rio Grande do Sul. Estamos em um momento onde os governos de centro-esquerda ou vivem em crise (caso do Brasil e Argentina), ou aderem parcialmente às teses do Império (caso de Chile e Peru) ou estão sob uma severa crise institucional, tal é o que ocorre na Venezuela. Vale observar que nestes países (Bolívia, Equador e o já citado país de Bolívar) as instituições não são sólidas e este é o labirinto. Quando há arranjo institucional fortalecido, o regime se mantem, mas as chances de transformação são pequenas. Já, quando não há estrutura fortificada e separação entre governo e Estado, há a tendência de que as elites dirigentes e suas sócias majoritárias transnacionais exerçam um poder discricionário. Ainda assim, pouca institucionalidade implica em maior poder da mobilização popular. E esta é nossa única chance, sempre.
A participação limitada na América Latina mostrou seus limites e hoje já vivemos a crise dos governos bolivarianos como modelo de desenvolvimento autônomo, sendo que a mais aguda delas é justamente da Venezuela pós-Chávez.
A participação limitada na América Latina mostrou seus limites e hoje já vivemos a crise dos governos bolivarianos como modelo de desenvolvimento autônomo, sendo que a mais aguda delas é justamente da Venezuela pós-Chávez.

Debatendo com gente bem mais à direita, afirmei que o limite da justiça social no liberalismo latino-americano era o Palácio de La Moneda sendo bombardeado no fatídico dia 11 de setembro de 1973, com o presidente eleito Salvador Allende lá dentro. O médico chileno é um paradigma e exemplo, pois acreditava nas instituições liberais mais que os próprios liberais-conservadores que as criaram. Quando os operadores políticos não aceitam os dados de realidade, terminam sendo convencidos da pior forma imaginada.

Por um lado, Allende se recusou a quebrar a hierarquia de tipo prussiana das forças armadas chilenas; logo, ficou à mercê dos reacionários que em tese defendiam seu país. A falha estratégica da Unidade Popular deixou nítida a barreira concreta que os povos do Continente têm quando tentam um caminho por dentro da democracia liberal. Considerando que os caminhos de partido único e Estado autárquico estão esgotados, qual a via latino-americana para a emancipação social, combinando desenvolvimento das forças produtivas, democracia popular, justiça social e garantia das liberdades individuais e coletivas?

As ilusões autoritárias deram lugar ao pragmatismo da democracia liberal. Logo, a participação limitada na América Latina mostrou seus limites e hoje já vivemos a crise dos governos bolivarianos como modelo de desenvolvimento autônomo, sendo que a mais aguda delas é justamente da Venezuela pós-Chávez.

Em um período mais recente, o presidente eleito do Paraguai Fernando Lugo, sofrera um processo de impeachment em tempo recorde. Sua virtude, a de começar a reforma agrária no país; e seu maior erro, não convocar as forças sociais mobilizadas para garantir a continuidade do governo eleito. Antes de Lugo, o oligarca travestido de nacionalista Manuel Zelaya Rosales, presidente eleito de Honduras, foi derrubado também por um golpe branco, votado às pressas e baseado em uma constituição redigida por militares treinados na Escola das Américas.

Cinquenta e um anos atrás, na noite de 1º para 02 de abril de 1964, o Brasil encontrou com o limite do populismo nacionalista, quando o presidente eleito (na eleição de 1960 o vice fora eleito em chapa separada do presidente) João Goulart se recusou a resistir ao golpe de Estado articulado pelo embaixador do Império Lincoln Gordon. A esquerda da época, caminhando a reboque de Goulart e Brizola, ficou esfacelada, não recrutando nem 5% do contingente popular mobilizado em 1961 (na Campanha da Legalidade), para confrontar contra a ditadura a partir do Ato Institucional de número 5 (AI-5). Não foi por falta de aviso ou condições, mas sim falta de radicalidade.

Diante da crise de fim de ciclo e modelo de desenvolvimento subordinado ao capital rentista, é urgente que a América Latina encontre seu caminho por dentro da democracia radical e bem distante do paradigma liberal. A única certeza dos povos latino-americanos passa pela afirmação da América Latina e a construção de instrumentos de poder popular independente da traição dos governos de turno.

Bruno Lima Rocha é professor de ciência política e de relações internacionais.

Site: www.estrategiaeanalise.com.br
Email: strategicanalysis@riseup.net
Facebook: blimarocha@gmail.com

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O ano de 2020 começou com algumas mudanças na região, mas sobretudo com a continuidade da imensa mobilização do povo chileno, essa revolta popular que dura já muito mais do que cem dias e que mudou a situação social e política daquele país, mas também da região. Ela abre um novo cenário e se inscreve, como dizíamos em análises anteriores, na onda de mobilizações que os povos latino-americanos vêm realizando (Haiti, Equador e em outros países com menor intensidade). São tempos de povo na rua, são tempos de luta.

Ao mesmo tempo, começa no mundo uma crise econômica que se aprofunda com o coronavírus e seu impacto nos mercados internacionais. A questão do petróleo e seus efeitos nas economias periféricas da América Latina também podem impactar no custo de vida e na legitimidade da tecnocracia ultraliberal que continua fazendo parte dessa nova fase no nosso continente.

Mas a pandemia do coronavírus traz também uma série de mudanças nessa etapa, que é difícil e prematuro avaliar seus efeitos. No entanto, seu impacto nos obriga a falar de uma situação nova, uma etapa global que está mudando com uma política de controle de grandes populações e aumento de medidas repressivas, em que se tornam evidentes, além do mais, os estragos ocasionados por mais de três décadas de neoliberalismo com o desmantelamento da saúde pública e da previdência social.

Vamos dividir essa análise de conjuntura em duas seções: a primeira abordando a mobilização no Chile e as mudanças políticas e sociais no continente, e a segunda com uma análise inicial acerca da nova conjuntura desatada a partir da expansão do Covid-19.

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