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O que nós pensamos sobre a atual crise no Iraque?

category mashriq / arabia / iraq | imperialismo / guerra | comunicado de imprensa author Sunday August 17, 2014 14:00author by KAF (Fórum Anarquista do Curdistão)author email anarcojo at gmail dot com Segnalare questo messaggio alla redazione

Uma análise do Fórum Anarquista do Curdistão sobre a atual situação iraquiana

A crise do Iraque já se arrasta há décadas. Tanto o regime Saddam Hussein tanto quanto sob a atual "democracia", desde a invasão de 2003, não há liberdade, justiça social, igualdade e há poucas perspectivas para aqueles que são independentes aos partidos políticos no poder. Além da brutalidade e discriminação contra as mulheres e as minorias, um grande abismo foi criado entre os ricos e os pobres, fazendo com que os pobres ficassem cada vez mais pobres e os ricos mais ricos.
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A crise atual não difere muito do que acabamos de descrever. De fato ela é a continuidade da situação que se instala após décadas de conflitos. As únicas diferenças são os nomes e os partidos políticos no poder.

Os políticos e as grandes mídias adoram dizer que as lutas atuais são apenas o prolongamento das velhas lutas e conflitos entre as duas principais doutrinas religiosas islâmicas: o xiismo e o sunismo, que possuem um passado sangrento que data de logo após o nascimento da religião muçulmana.

Mas se nós lembrarmos a história das nações, dos países e de seus povos, elas são ainda hoje a luta daqueles que estão no poder contra aqueles que não estão; a luta dos os exploradores e dos explorados, dos grileiros e do povo dominado, entre o invasor e o povo que se defende dos poderosos, das autoridades e do estado.

Em resumo, a guerra é e foi em nome do capital e do lucro.

O que se produz hoje no Iraque sobre o nome de “Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Síria)”, está longe do que as mídias de massa nos descrevem e dizem.

Os fatos são:

Primeiro: o avanço do ISIS é ação de uma pequena minoria ajudada por frações sunitas desiludidas frente à liderança xiitas em BAGDA; assim os lideres tribais sunitas, os membros do partido Bath, os antigos oficiais da armada e das frações dos antigos rebeldes se reuniram para realizar um combate contra o primeiro ministro do Iraque, Nouri Al Maliki. Quando o ISIS marchou contra Mossoul, a terceira maior vila do Iraque, eles eram menos de 2000, enquanto somavam as forças de defesa - os militares e os agentes do serviço secreto ou de segurança - da vila mais de 6000 homens. Esse numeroso exército estava com equipamentos pesados, ajuda aérea, tanques e diferente tipos de armas de alto poder, porém frente ao ISIS e outras facções, ofereceram pouca ou nenhuma resistência.

Segundo: o que ocorre é produto de um plano arquitetado pela Turquia, países do Golfo e pelo Governo Autônomo da Região Curda, em que os EUA e a Grã-Bretanha já estavam avisados.

Terceiro: é muito difícil saber exatamente aonde isso irá chegar, pois os rumos do conflito dependem, a maior parte do tempo, do que os Estados Unidos e os países ocidentais têm como interesse, podendo então ajudar ou não qualquer tipo de levante. Até o presente momento, EUA e a Grã-Bretanha, publicamente afirmam sobre a necessidade de unidade entre os povos. Se considerarmos que os interesses por trás são outros, não terão o menor escrúpulo em dividir o Iraque em três semiestados para cada povo: curdos, sunitas e xiitas.

Quarto: essa situação colocou o Iraque as portas de uma guerra entre as seitas, particularmente após a promulgação de um fatwa pelo Ayatollah Ali Sistani, um dos cléricos mais reverenciados do Islã Sunita, conclamando a tomada em armas e o ingresso no exército.

Quinto: nós temos certeza que há uma agenda escondida sobre todo esse cenário. Nós pensamos que um dos fins dessa essa guerra é cercar e estrangular o movimento democrático da massa do povo curdo no oeste do Curdistão (o Curdistão sírio) e sua administração local. O movimento mostrou que há uma clara alternativa ao Estado nação ao sistema liberal e neoliberal, assim como a seu governo. Assim como provou que o movimento popular não cai necessariamente no que se seguiu, em geral, após a “primavera árabe”, ou seja, estabelecendo governos islâmicos. Além do que, o movimento mostra que a insurreição popular não deve ser sustentada pela União Europeia, EUA ou qualquer um de seus agentes. Prova que a revolução deve começar pelas camadas subalternas da sociedade, não pelo alto, pois aqui foi construída pelos grupos locais que tomavam a maior parte das decisões por si mesmo. O movimento não está no interesse dos políticos e do neoliberalismo, portanto, a etapa seguinte será atacar o Curdistão ocidental e seu movimento de massas.

Em vista do que se aproxima, nós do KAF, denunciamos essa guerra que se lançou e se impôs a população iraquiana e cremos na organização do povo fora dos partidos políticos, fora dos milicianos e fora da instituições do estado e dos governos, acreditamos que é pela organização do povo a partir dos locais de trabalho, dos quartéis, das escolas, das universidades e na rua, que devem se unir e responder contra essa guerra, contra as injustiças, contra a pobreza, contra a fome,contra a desigualdade e para suprimir o que está sendo imposto por esse sistema brutal através do Estado, do comércio,das instituições financeiras, assim como pelas classes médias neoliberais e instituições espiãs com seus respectivos agentes.

Fórum Anarquista do Curdistão

28 junho de 2014-08-07

Traduzido por Marcelo Mazzoni
Revisado por Marcus Vinicius Faria

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