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Aos Trabalhadores!

category brazil/guyana/suriname/fguiana | workplace struggles | opinião / análise author Thursday March 16, 2006 11:04author by CAZP - Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares - AL - Brasilauthor email cazpalmares at hotmail dot com Report this post to the editors

Entendemos que fazem parte da classe trabalhadora todos àqueles que para conseguir as condições necessárias de sobrevivência não têm outra coisa a fazer se não vender sua força de trabalho. Para isso recebe um salário em troca do qual exerce algum tipo de serviço. Para a maioria esmagadora da classe trabalhadora esse salário é injusto, pois é bem menor do que aquilo que ela ajudou a produzir ou não compensa as diversas horas de serviços dedicadas em determinado setor.


Aos Trabalhadores!

Entendemos que fazem parte da classe trabalhadora todos àqueles que para conseguir as condições necessárias de sobrevivência não têm outra coisa a fazer se não vender sua força de trabalho. Para isso recebe um salário em troca do qual exerce algum tipo de serviço. Para a maioria esmagadora da classe trabalhadora esse salário é injusto, pois é bem menor do que aquilo que ela ajudou a produzir ou não compensa as diversas horas de serviços dedicadas em determinado setor. O patrão é quem sai beneficiado, pois lucra em cima do trabalho que não realizou. Essa é uma explicação bastante simples para entender o porquê de em nossa sociedade existir muitos com quase nada e poucos com quase tudo. A classe trabalhadora se encontra na primeira categoria e os patrões na segunda.

Ao longo dos anos, vários trabalhadores não se acomodaram diante dessa situação injusta e criaram sindicatos, fizeram greves, entraram em choque com os patrões e o Estado das mais variadas formas. Há 12 0 anos atrás um setor dos trabalhadores norte-americanos entrava em greve pela redução da carga horária de trabalho para 8 horas (na época chegava-se a trabalhar em algumas indústrias 16 horas por dia). O movimento foi fortemente reprimido e seus líderes, de orientação anarquista, chegaram a pagar com a vida. Isso causou uma grande comoção internacional em toda a classe trabalhadora, determinando que todo primeiro de maio (dia que iniciou os protestos em 1886) seria para lembrar esse triste incidente e reforçar a luta de todo o povo explorado contra os patrões. No Brasil os trabalhadores começaram a se organizar em torno de uma organização sindical chamada Confederação Operária Brasileira (COB) constituída no primeiro congresso da classe trabalhadora brasileira, no ano de 1906, portanto, no corrente ano completam-se 100 anos desta data.

Esses são exemplos de como os trabalhadores não aceitaram a situação de exploração a que são submetidos, e lutaram até mesmo com o custo de perderem suas vidas. Infelizmente a situação a que os trabalhadores são submetidos ainda é injusta. Porém, não podemos esquecer que a classe trabalhadora é bem mais numerosa que os patrões e só com organização e luta é que irá conhecer sua força, pois são os trabalhadores que constroem as riquezas do mundo. Quem produz um carro é o operário da fábrica ou o dono da fábrica? Com certeza é o operário, no entanto, é o dono d fábrica que fica com o dinheiro da venda do carro, dando uma pequeníssima parcela para o operário. A construção de um mundo novo, onde não haja exploradores nem explorados, é a única saída para classe trabalhadora, sua luta ultrapassa fronteiras, é internacional. A tomada de consciência por parte dos trabalhadores dessa situação é o primeiro passo nessa difícil tarefa de mudarmos o mundo, mas para isso é necessário organizar-se seja no seu sindicato, seja em formas de organizações similares, e fazer com que essas organizações estejam a serviço da classe trabalhadora (o que em muitos casos não acontece). Nunca esquecer que a luta por aumento salarial, por melhores condições de trabalho etc., não podem ser desligadas de uma luta maior, que é a luta pela transformação de toda a sociedade, a qual sem essa transformação os trabalhadores estarão condenados a viverem nesse sistema de exploração. Seja na escola, seja no campo, seja no bairro, seja na fábrica, cada luta travada, cada vitória conquistada, por maiores que sejam seus esforços e por menores que sejam seus resultados mais imediatos, avante a luta dos trabalhadores! Crescemos quando nos organizamos, nos fortalecemos quando nos mobilizamos, e sobretudo, aprendemos quando lutamos.

Nós anarquistas estamos nessa luta para mudar o mundo e construir uma nova sociedade, a qual chamamos de comunismo libertário. Não esquecemos de nossos companheiros que tombaram no caminho, como os mártires do primeiro de maio. Entristecemos-nos com toda derrota da classe trabalhadora, que também é nossa derrota, e nos alegramos quando a classe trabalhadora triunfa em qualquer parte do mundo, pois todos os trabalhadores são “irmãos”, ambos produtores de riqueza e explorados. Nossas forças se encontram em nossos braços, corações e mentes e unidos podemos mudar o rumo da história, construir uma nova sociedade. Somente com uma revolução social organizada a partir do povo explorado teremos chances de implementar essas mudanças tão profundas quanto necessárias, tão desejadas quanto possíveis. Mas para isso temos ainda um longo caminho a percorrer, aprendendo com os ensinamentos de um passado de lutas para construirmos um futuro de glórias.

BRAÇO ESTENDIDO AOS COMPANHEIROS(AS) DE LUTA!
PUNHO FECHADO AOS INIMIGOS DE CLASSE!

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