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Partidos de mentirinha e a política do cinismo

category brazil/guyana/suriname/fguiana | a esquerda | opinião / análise author Saturday May 25, 2013 07:04author by Bruno Lima Rocha Report this post to the editors

O cinismo e a hipocrisia política é parte estruturante do jogo de cenas construído entre legendas sem distinção ideológica ou programática
hipocrisia.jpg

Na segunda-feira, 20 de maio, o ministro e atual presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, afirmou em evento realizado numa universidade particular de Brasília, que os “partidos políticos são de mentirinha”. Como venho dizendo aqui nesta publicação, estamos em um momento quando apenas falar o óbvio é transformador. A política partidária em geral, e o Congresso em particular, são as Genis da democracia contemporânea. Barbosa apenas reflete a percepção coletiva da falta de coerência programática, princípios doutrinários e fidelidade ideológica. Falta problematizar as conseqüências para a tal da governabilidade caso houvesse tal coerência.

Qualquer sistema político-partidário longevo vê na fidelização das organizações políticas uma forma perigosa de polarizarem-se as posições. Caso os partidos tenham uma real unidade programática e certa regularidade tática, viveríamos momentos semelhantes aos “turbulentos” anos ’80. À época, o atual partido de governo recusava-se a tecer algum tipo de aliança com as forças que participaram da transição através da Abertura lenta, gradual e restrita. De fora para dentro, o reformismo forçava os portões do Estado e criava uma elevada tensão de classe no país. Boa parte das forças sociais aglutinara-se em torno do PT, da CUT e da Teologia da Libertação. O tom da campanha de Lula em 1989 refletia esta acumulação. Na primeira década do século XXI, os ex-reformistas chegam ao poder Executivo, e o preço foi tornar-se idêntico aos antigos adversários.

Uma década se passa e, em 2013, os partidos de “mentirinha” pelas palavras do mais popular ministro do STF, garantem em seu “toma lá dá cá” diário a “paz social” necessária para manter a tal da governabilidade. Não estou dizendo com isso que uma democracia representativa estável tenha como alicerce apenas o cinismo e o sentido de sobrevivência. Mas, sem abrir mão de programa, finalidade e ideologia, a política torna-se essencialmente conflito.

Ainda neste mês de maio, materializaram-se os conceitos emitidos por Barbosa na palestra. No plenário do Congresso, durante a votação da MP dos Portos – rebatizada de MP dos “porcos” pelo controverso deputado Garotinho (PR-RJ) - observamos como a representação parlamentar se digladiava por interesses não declarados. Capitais estabelecidos confrontavam novos entrantes através da fala de deputados e senadores. Particularmente, prefiro uma democracia baseada na organização popular e nas forças sociais mobilizadas do que tamanho espetáculo de cinismo.

Bruno Lima Rocha

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Sat 20 Apr, 02:59

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ix_elaopa.jpg imageIX ELAOPA, Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas 05:12 Fri 10 Dec by ELAOPA 1 comments

O ELAOPA (Encontro Latino-Americano de Organizações Populares Autônomas) reúne, anualmente, organizações sociais pautadas na luta de classes e na identidade dos povos originais da América Latina, a partir dos seguintes princípios: democracia de base, solidariedade de classe, luta popular e autonomia dos oprimidos e dos povos originários. Autonomia em relação aos partidos políticos, ao Estado e seus governos, às ONGs, às empresas, e a todos aqueles que querem oprimir. O ELAOPA proporciona o espaço para o debate visando a convergência de ações políticas no intuito de criar o Poder Popular.

textEm defesa da autonomia dos movimentos sociais! 17:47 Thu 24 May by Rusga Libertária 0 comments

Passamos hoje um momento de crise dentro dos movimentos sociais onde se discute o governismo de várias entidades e a cooptação destas pelos projetos lulistas. Busca-se alternativas para uma nova organização dos trabalhadores que não seja refém de práticas governistas e partidárias. Essa questão acaba passando dentro do CLTP (talvez um dos movimentos sociais mais fortes em Cuiabá nos últimos dois anos).

imageHEGEMONISMO DISFARÇADO DE "UNIDADE" E A UNIDADE QUE SE FORJA COM LUTA E ORGANIZAÇÃO Jun 15 by BrunoLR 0 comments

Por Bruno Lima Rocha – 14 de junho de 2020
Ao longo das últimas duas semanas venho promovendo na coluna que produzo para algumas emissoras livres e comunitárias um debate direto e tranquilo. Trata-se de aderir ou não (fisicamente) aos atos antifascistas e antirracistas. Também abordo o tema da unidade possível e do leque de alianças desejável. Não me refiro em momento algum a quem está preocupado com a pandemia e como todas e todos nós, entendemos que a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o isolamento social está correta. Se a preocupação maior for a de evitar a propagação do contágio por aglomeração e contato físico, não há sombra de dúvida que é uma posição sólida e honesta intelectualmente. Tampouco na crítica, jamais me refiro a individualidades e sempre a lideranças consolidadas, com cargos eletivos ou postos de direção em partidos e movimentos. Também fica a crítica para as celebridades e subcelebridades, acadêmicas, artísticas ou esportivas que, sem compromisso político, aproveitam momentos de organização social para se promover.

imageAusência de ideologia de câmbio e a base para a guinada à direita Apr 20 by BrunoL 0 comments

É lugar comum ouvir em análises e expressões vindas de todas as camadas da esquerda e da centro-esquerda, algo como “quando este povo vai se levantar indignado”? Além do sentimento de revolta e frustração – totalmente compartilhado por este que escreve – a afirmação também traz elementos de certa condescendência com o governo deposto e algo da perigosa inocência politica. Neste breve texto, tento demonstrar como a categoria ideologia foi desprezada e, por óbvia consequência, a relação com o oligopólio da mídia – em especial com a empresa líder – foi reificada.

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Bruno Lima Rocha, 12 de agosto de 2014

Estamos em pleno ano eleitoral, e no momento em que escrevo estas linhas, tardam menos de dois meses para o pleito. Existe a real possibilidade de reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) e com isso seria concretizado um feito inédito de dupla reeleição. Dois debates entendem-se como necessários para traçar tanto uma análise do cenário eleitoral como de uma conseqüente crítica por esquerda. O primeiro aborda o cenário eleitoral e as candidaturas oficiais por direita, além do próprio risco de não conseguir emplacar um segundo mandato. O seguinte trata da comparação do espaço político, ocupado pelo lulismo, como uma “continuidade descontínua” do trabalhismo contemporâneo.

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O Brasil não será como antes, não ao menos em termos de cultura política. Após dez anos de pasmaceira e vinte e um anos sem manifestações massivas, o país se reencontra com a luta política de rua e de massas. Algumas lições foram transmitidas, dentre as quais elenco três.

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O que exigimos é respeito e, para isso, um debate franco é o melhor caminho que podemos trilhar. Sem ignorar nossos princípios ideológicos e as experiências históricas relevantes, nas quais cerramos fileiras com outras tradições da esquerda ou fomos traídos, o anarquismo tem um papel importante a cumprir no conjunto mais amplo do socialismo.

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