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opinião / análise
Monday March 04, 2013 03:26 by Bruno Lima Rocha
Karol Wotjyla e Joseph Ratzinger, o papa pop e seu ideólogo, um mineiro e um intelectual, criador e criatura do conservadorismo no Vaticano moderno. O polaco fora supremo em seu reino superficial, já o germânico não conseguira ser protagonista no próprio reinado. Por mais paradoxal que possa parecer, debatemos a renúncia do Papa Bento XVI passada a euforia do carnaval, a maior festa do país, e por sinal, profana. Como sempre, analiso o ocorrido sob o prisma da base da pirâmide. No caso, a partir de duas décadas de convivência com agentes de pastorais leigos, padres e freis vinculados a quase moribunda Teologia da Libertação, versão popular do cristianismo que o ex-secretário do polonês Karol Wotjyla tanto combateu. Bruno Lima Rocha |
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Jump To Comment: 1Bento XVI, ao renunciar, não perde o nome pontifício nem o direito de continuar no Vaticano, em cujas dependências já optou por permanecer após a eleição de seu sucessor, em março próximo. Como Papa renunciante, Joseph Ratzinger poderia escolher, como sua nova residência, qualquer domicílio da Igreja Católica em um dos cinco continentes.
Alguns arcebispos aposentados recolhem-se a mosteiros, como dom Marcelo Carvalheira, arcebispo emérito da Paraíba, que vive com os beneditinos de Olinda (PE); ou em casa própria, afastado do burburinho urbano, como é o caso do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, que mora em Taboão da Serra (SP).
Ao decidir permanecer no Vaticano, Bento XVI corre o risco de criar uma situação constrangedora. Ninguém duvida de que será ele o principal cabo eleitoral do futuro Papa. Ratzinger nomeou 56% dos atuais membros do Colégio Cardinalício. E seu gesto de humildade, ao renunciar, o credencia a concorrer a um futuro processo de canonização.
Com certeza passam pela cabeça de Ratzinger um ou dois nomes, entre os 209 cardeais (dos quais apenas 116 são eleitores), que considere mais aptos a assumir a direção da Igreja. Só um ingênuo supõe que o Papa renunciante fica isento frente a uma eleição tão delicada e importante. Dela depende o êxito da missão confiada por Jesus a Pedro e os apóstolos.
Os cardeais-eleitores não são obrigados a seguir uma possível sugestão de Bento XVI. Cada um tem o direito e o dever de votar de acordo com a própria consciência. Mas um bom número dos que dele receberam o chapéu cardinalício acredita ter com ele uma dívida de gratidão. Mesmo porque não gostariam de ver a barca de Pedro tomar rumos inesperados, como ousou João XXIII ao ser eleito, em 1958, para suceder a Pio XII.
Penso que o pontificado do futuro Papa terá duas etapas bem nítidas: a primeira, enquanto Bento XVI viver; a segunda, após a morte do Pontífice renunciante.
Enquanto Bento XVI estiver vivo, dificilmente o novo Papa tocará em temas considerados, hoje, tabu (e proibitivos) por seu antecessor: fim do celibato obrigatório, acesso das mulheres ao sacerdócio, uso de preservativo, direito de relação sexual sem intenção de procriar, novas núpcias de católicos divorciados, aplicação de células-tronco, união de homossexuais etc.
Nenhum debate sobre tais assuntos será permitido, ainda que prossiga entre os católicos a dupla moral: a defendida pela doutrina oficial e a praticada pelos fiéis.
Morto Bento XVI, e supondo que seu sucessor lhe sobreviva (o destino surpreende; lembrem-se de João Paulo I, falecido 33 dias após ter sido eleito, em 1978), então se iniciará a segunda etapa do novo pontificado. Livre da sombra de Bento XVI, o novo Papa se sentirá à vontade para imprimir aos rumos da Igreja a direção que lhe parecer conveniente.
Convém lembrar que o papado é a única monarquia absoluta que resta no Ocidente. Isso significa que o Pontífice romano não está sujeito a nenhuma instância humana que o possa questionar, julgar ou admoestar.
Ao me perguntarem se prevejo candidaturas preferenciais, os chamados “papabiles”, fujo da questão regional, como a hipótese de se eleger um latino-americano, dado que o nosso continente abriga, atualmente, o maior número de católicos (48,75 %). É óbvio que os italianos gostariam de retomar o monopólio do papado, mantido em suas mãos ao longo de 456 anos (1522-1978). Nesse caso, arrisco o palpite de que a disputa será entre o atual camerlengo, o cardeal Tarcisio Bertone, e o arcebispo de Milão, Angelo Scola.
Bertone tem a seu favor ser homem de confiança de Bento XVI. Contra, a má administração da Santa Sé, cujas finanças pecam por falta de transparência e frequentes casos de corrupção. Scola tem a seu favor ser renomado filósofo e teólogo, e também poliglota. Contra, tido como excessivamente conservador.
O único palpite que me parece viável é que o futuro Papa provavelmente será um homem com menos de 73 anos. O que restringe consideravelmente a lista dos virtuais candidatos.
Roma já não suporta tantos conclaves em tão curto período de tempo. Surpreendo-me ao constatar que, em quase sete décadas de existência, assisti à eleição de cinco Papas e, agora, acompanharei a sexta.
O tempo urge, o mundo já ingressa na pós-modernidade, e a Santa Sé ainda reluta em efetivamente aplicar as decisões do Concilio Vaticano II e admitir que fora da Igreja também há salvação.