preferenze utente

cerca nell'archivio del sito Cerca cerca nell'archivio del sito


Search comments

ricerca avanzata

Nuovi eventi

Grécia / Turquia / Chipre

nessun evento segnalato nell'ultima settimana
Articoli recenti su Grécia / Turquia / Chipre Community struggles

Η εκλογική συ&#... May 27 23 by Αργύρης Αργυριάδης

Ρομά και επαν&#... Dec 12 22 by Γιάννης Βολιάτης

Ιανός: Ο διπρό&... Feb 20 22 by Αργύρης Αργυριάδης

A Grécia e os limites da democracia representativa

category grécia / turquia / chipre | community struggles | opinião / análise author Friday February 17, 2012 19:31author by Bruno Lima Rocha Segnalare questo messaggio alla redazione

E se a população grega tivesse a chance de definir o futuro do país através de referendos e plebiscitos? Será que concordaria com as medidas econômicas do governo? Será que concordaria com a submissão às condições de "ajuda" impostas pelos novos credores BCE/FMI/CEE?
grecia.jpg

Parece uma cruel ironia, mas é na terra ancestral dos helenos – berço das raízes do ocidente atual - que a democracia tão temida por Aristóteles se encontra na encruzilhada. Naquele país, assolado por uma crise de endividamento crônico, dívida esta inflada por balanços maquiados com a ajuda da Goldman Sachs, os representantes de carreira acabam de votar mais um pacote de medidas anti-populares.

Em novembro de 2011, pouco antes de cair, o ex-primeiro ministro George Papandreou chegou a propor um referendo, recorrendo à consulta direta com o eleitorado grego.

Além de causar pânico entre os financistas da Europa, tal declaração (inconseqüente, pois retirou três dias depois)rendeu-lhe a queda pelo sistema parlamentarista. Em seu lugar, foi colocado o tecnocrata Lucas Papademus, que não recebeu voto de eleitor algum.

No último fim de semana, a multidão também não foi convidada a votar, permanecendo nas ruas. Enquanto enfrentava a polícia, acompanhava 199 congressistas aprovarem o pacotaço contra 74 votos opostos.

Como era de se esperar, as propostas advindas do Banco Central Europeu (BCE), da Comissão Econômica Européia (CEE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) traziam consigo a chantagem institucional. Se o Parlamento aprovasse o pacote recessivo, o Estado grego receberia mais uma parcela de “ajuda”.

Em troca, tem de reduzir o salário mínimo em 22%, sendo o corte de 32% para os jovens com menos de 25 anos, além de eliminar mais de 150.000 postos de trabalho no serviço público. E esta “ajuda” do BCE/FMI/CEE será alocada justamente na renegociação da dívida grega com os mesmos bancos causadores da bolha que resultara na “crise” de 2008.

Como o “auxílio” vem em lotes, a cada dois ou três meses o país entra em convulsão, pois uma parcela de direitos adquiridos é cortada mediante a aprovação dos representantes políticos. Este é o sétimo lote do plano, dessa vez com 8 bilhões vindo do trio de instituições que hoje é o governo de fato da Europa.

A tragédia se dá diante dos discursos. Papandreu, líder do PASOK (ex-social democratas, similar ao PSOE espanhol) se elegeu no voto de protesto contra a direita, pegando carona no discurso da insurreição popular de 2008. Dois anos depois cai por blefar um apelo para a democracia direta na terra que a inventou.

Se a população fosse convocada a decidir, teria sobre os ombros toda a responsabilidade política, sabendo que não seguir as regras da Europa implica em sair da zona euro e dar um calote na dívida.

Bruno Lima Rocha

Link esterno: http://www.estrategiaeanalise.com.br
This page can be viewed in
English Italiano Deutsch
© 2001-2024 Anarkismo.net. Salvo indicazioni diversi da parte dell'autore di un articolo, tutto il contenuto del sito può essere liberamente utilizzato per fini non commerciali sulla rete ed altrove. Le opinioni espresse negli articoli sono quelle dei contributori degli articoli e non sono necessariamente condivise da Anarkismo.net. [ Disclaimer | Privacy ]