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Wednesday October 05, 2011 07:22 by Federação Anarquista do Rio de Janeiro - FARJ
No dia 05 de Outubro acontecerá o lançamento de um título de importância seminal para todos aqueles que lutam e acreditam na ruptura radical com o sistema de dominação capitalista. O livro “Negras Tormentas: o Federalismo e o Internacionalismo na Comuna de Paris”. No dia 05 de Outubro acontecerá o lançamento de um título de importância seminal para todos aqueles que lutam e acreditam na ruptura radical com o sistema de dominação capitalista. O livro “Negras Tormentas: o Federalismo e o Internacionalismo na Comuna de Paris”. |
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É um folheto que resgata as pesquisas históricas feitas sobre estas jornadas de luta operária acontecidas em distintos lugares do estado do RS. Esta publicação está a venda na sede federal, faça contato e procure informações. Os Expropriadores da Rua da Praia. 21:15 Mon 11 Dec 1 comments A violência é a conseqüência lógica da situação criada pelos governos, que teimam em tratar como escravos homens que tem aspiração da liberdade. A Anarquia não conduz à prática da violência. A lenda que diz ser um movimento organizado para assassinar e destruir é uma infâmia espalhada com o fim de denegrir seus partidários. Nenhum anarquista prega a revolta pela revolta nem jamais pratica algum ato de violência que não responda a alguma grande injustiça por parte do poder. Os anarquistas praticam a resistência contra a violência contra eles dirigida. Com a palavra e a luta de Alzira sempre! Mar 09 0 comments Em 1925, a costureira e militante anarquista Alzira Werkauser tomou a palavra e presidiu uma sessão do 3° Congresso Operário do Rio Grande do Sul. Nesta ocasião atuou como delegada sindical com mandato do sindicato dos alfaiates, costureiras e anexos. Alzira foi O que é Anarquismo? Mar 16 0 comments Neste momento, em que tem havido, por um lado, uma ampla retomada de interesse nos pensamentos e na prática anarquista e, por outro, pouco conhecimento do tema, nos propomos a contribuir, neste breve texto, para que o anarquismo seja melhor e mais adequadamente conhecido. Vida e Obra de Bakunin Jan 17 0 comments Introdução ao livro "Revolução e Liberdade: cartas de 1845 a 1875", de Mikhail Bakunin, publicado pela editora Hedra em 2010. Anarquismo, Poder, Classe e Transformação Social Nov 07 0 comments O presente artigo discute, por meio de elementos teóricos e históricos, a relação do anarquismo com poder, classe e transformação social. Partindo de uma definição do anarquismo, sustenta que relacionar anarquismo e poder exige superar uma problemática semântica, e propõe conceituar o poder em termos de relação entre forças sociais assimétricas. Sustenta ainda que os anarquistas têm uma concepção e um projeto geral de poder que subsidia sua concepção de classe, estabelecida por meio de um tipo de poder (a dominação), e constitui as bases de sua noção de transformação social, que se caracteriza por: sua crença na capacidade de realização dos sujeitos que constituem parte das distintas classes dominadas, seu investimento na transformação dessa capacidade em força social, seu intento para que esta força aumente permanentemente, sua defesa de um processo revolucionário que permita superar as forças inimigas e substituir o poder dominador da sociedade por um poder autogestionário. Anarquismo, Teoria e História Oct 25 0 comments Texto que discute o anarquismo, desde uma perspectiva teórica e histórica. more >>Nota da FAG aos Municipários de Cacheirinha May 29 FAG 0 comments Alguns ignorantes tem feito mau uso da palavra anarquia, fazendo inclusive acusações dizendo que anarquistas querem dar um golpe no sindicato. Essas manifestações demonstram um total desconhecimento e falta de respeito com os anarquistas e a ideologia... Lançamento Livros Elisee Reclus Jul 21 Biblioteca Terra Livre 0 comments A editora anarquista Imaginário acaba de lançar três livros de Élisée Reclus em português, são eles: |
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Spring zu Komment: 1No dia 05 de Outubro aconteceu no Sindipetro do Rio de Janeiro o lançamento de um título importante para todos aqueles que ainda creem nas possibilidades de mudanças de rumos na História de nosso mundinho chamado Terra.
O livro “Negras Tormentas: o Federalismo e o Internacionalismo na Comuna de Paris”, de autoria do anarquista carioca Alexandre Samis.
Alexandre é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e professor do Colégio Pedro II. Também escreveu os livros Clevelândia: anarquismo, sindicalismo e repressão política no Brasil (Imaginário/Achiamé, 2002) e Minha pátria é o mundo inteiro: Neno Vasco, o anarquismo e o sindicalismo revolucionário em dois mundos (Letra Livre, 2009).
Fiz duas perguntinhas a ele. Seguem as questões e suas respostas.
- De que serve a um indivíduo comum entender o que se passou há tanto tempo na Comuna de Paris ?
Sabemos que os eventos históricos não se repetem e que as sociedades onde eles tiveram lugar e o tempo no qual aconteceram são únicos. Não é possível, portanto, extrair destes acontecimentos lições com o caráter absoluto, aplicáveis a outros tempos e sociedades, mecanicamente, como uma colagem. Todavia, estudar estas experiências é fundamental, uma vez que elas podem revelar as formas através das quais os indivíduos, grupos e mesmo uma cidade inteira, como foi o caso da Comuna, conseguiram em determinada circunstância romper com os paradigmas dominantes de uma época. Estudar a Comuna de Paris é menos uma homenagem nostálgica do que uma forma de entender como irrompem as lutas sociais em uma sociedade estratificada em classes sob a ordem do capital. Indo mesmo muito além da erudiçã o acadêmica, o estudo de casos como este, permite utilizar a História como ferramenta de transformação, uma vez que o simbolismo de certas realizações serve de manancial, de inspiração, para atitudes contemporâneas.
- O que levou você a escrever sobre esse acontecimento?
A Comuna foi a realização de uma parcela significativa dos trabalhadores de Paris. Foi, antes de tudo, um fenômeno de autoinstituição da classe, conceito tomado emprestado de Cornelius Castoriadis. Ela não foi, como tentou-se fazer crer depois disso, uma efeméride tributária de uma ideologia e muito menos realizada a partir das prescrições de alguma mente brilhante. A Comuna foi a realização de um ente coletivo – podemos chamar de povo, como gostava de classificar Proudhon as diversas forças sociais, ou o Partido do Trabalho – organizado a partir de uma tradição federalista e internacionalista. Contou com a colaboração de mutualistas, coletivistas, jacobinos e blanquistas, todos estes subordinados a um projeto coletivo emanado dos bairros, locais aliás onde aconteceram de fato as coisas. Foi também imensamente influenciada pelos membros da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), não pelas ordens que chegavam de Londres, do Conselho Geral, mas das 35 seções que existiam dentro de Paris, espalhadas pelos 20 distritos da capital.
Estes trabalhadores, quase todos anônimos, reconhecidos entretanto pelos seus iguais nos locais de trabalho e moradia, é que deram consequência aos atos de motim que tiveram lugar no dia 18 de março de 1871. Muitos deles estavam inclusive dentro dos batalhões da Guarda Nacional, envergando o uniforme azul e empunhando a bandeira vermelha que passou a representar o projeto de República Social.
Isso não tinha sido dito ainda no Brasil.