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A zona de consenso de Dilma e Serra

category brazil/guyana/suriname/fguiana | movimento anarquista | opinião / análise author Monday October 04, 2010 20:32author by BL Rocha - Fórum do Anarquismo Organizadoauthor email relacoes at vermelhoenegro dot org Report this post to the editors

A opção preferencial pelos bancos e o sistema financeiro não vai ser modificada na disputa dos principais candidatos.
serraedilma2009.jpg

É comum ouvirmos da crítica por esquerda que existem zonas de consenso entre as campanhas e propostas das coligações encabeçadas, respectivamente, por Dilma Rousseff-Michel Temer (PT-PMDB-PC do B-PSB e o PP sem muita intensidade) e a de José Serra – Índio da Costa (PSDB-DEM-PPS-PTB e fragmentos de outras legendas). De forma sintética e didática, poderíamos definir ao menos três zonas da política onde ambas as candidaturas são quase o mesmo. Estas são: - o leque de alianças para consolidar maioria e governabilidade a qualquer custo (literalmente!); - a opção pelo endividamento público como modelo de financiamento do Estado no curto prazo; - e, a permissão do aumento da presença das forças de mercado por dentro do aparelho de Estado, levando, obviamente, a perda de direitos e do poder de compra do salário.

Como o primeiro e o último consenso são mais fáceis de serem compreendidos, vamos prestar mais atenção na política econômica comum, através da assim chamada: Opção Preferencial pelos Bancos e o Sistema Financeiro. Isto implica em ter, por exemplo, um banqueiro tucano (Mr. Henrique Meirelles) no comando do Banco Central por oito anos. Meirelles foi o Pedro Malan de Lula. E, assim como na composição de maioria, fez mais e melhor para o sistema financeiro como um todo e os bancos em particular. Os números oficiais são de arrepiar. O Produto Interno Brasileiro (PIB, um índice contestável, mas aplicado pela direita econômica) totalizou em 2009 a R$ 3,143 trilhões de reais. Já o orçamento da União para o mesmo período, segundo dados oficiais do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) foi de R$ 1,068 trilhão (ou seja, quase a metade das riquezas do país). Deste total, 35,57% foram gastos com serviços da dívida, que somados com o refinanciamento (rolagem), atingem a 48% dos recursos públicos existentes no cofre do governo central. A dívida neste ano de 2009, subiu de R$ 1,565 trilhão para R$ 1,826 trilhão, crescendo 17% no último exercício fiscal. Para compararmos a definição de prioridades, na educação foram gastos 2,88% e na Saúde 4,64%. Para 2010 as previsões são as mesmas e ano que vem, assumindo Serra ou Dilma, neste item nada vai modificar.

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