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Uma semana de revolta contra a injustiça social

category frança / bélgica / luxemburgo | community struggles | comunicado de imprensa author Friday November 11, 2005 00:25author by Alternative Libertaire - ALauthor email international at alternativelibertaire dot org Report this post to the editors

Uma semana de revolta contra a injustiça social. Tradução para o português.


Uma semana de revolta contra a injustiça social

Em uma semana, o motim iniciado em Clichy-sous-Bois pela morte de Ziad e Banou tem se propagado por todos os subúrbios parisienses, o resultado inevitável dos últimos cinco anos de Sarko-Show (referência ao ministro do interior Nicolas Sarkosky), 8 anos de reforçamento da segurança e mais de 30 anos de degradação social.

Ziad e Banou morreram fulminantemente pela descarga de um transformador da EDF e tem um terceiro, menor de idade, em estado grave. Pensavam em escapar da polícia. Saber-se-á se foi efetivamente ou se os policiais são culpados de não dar assistência a pessoas em perigo? Quais as circunstancias das mortes desses dois jovens, isto foi a faísca. A raiva dos subúrbios está saturada de rancor contra um estado que, faz anos, só aparece em forma de brutalidade policial, julgamentos e sempre com prisões.

Nos bairros populares, o habitante vive com medo, por si e por seus filhos, pelos controles de identidade humilhantes, pelas prisões arbitrárias, impunidade com a violência policial, acusações falsas feitas por policiais que perseguem pessoas dos subúrbios. Notícias recentes provam que não existe respeito pelos principais direitos por parte da polícia.

E o que dizer da provocação do ministro do interior, mas sobre tudo a arrogância de uma política que considera a periferia com um território de ocupação, conseqüência de uma prática colonial e militar de defesa da ordem pública?

Agora bem, voltando à violência – que responde a violência ilegítima do estado – se expressa com mais força de volta e paradoxalmente contra eles, desde os bairros-guetos, em resposta a violência estatal e patronal. A lógica desta rebelião espontânea se manifesta na destruição de veículos, ônibus, escolas que não ensinam nada para a maioria da população, pois não podem ser compreendidas.

Neste momento, é necessário recordar a resposta do Estado diante do problema juvenil e de suas famílias com métodos seletivos, ou as denuncias contra a policia que nunca obtiveram resultados, (recordamos a marcha da associação “Bouge qui Buoge” em Dammarie-le-Lys*), ou aquela marcha em solidariedade com os árabes na década de 80, que cria uma crise ao Governo Socialista da época e gera a recuperação do SOS Racismo.

Na revolta contra a injustiça, o sentimento de solidariedade popular é o elemento de reflexão da maioria dos jovens, estes são valores de nossa defesa. Compreendemos bem o estado de necessidade e a motivação da ação direta que anima nestes momentos a nossos bairros populares. Esta semana demonstrou o desespero da parte mais marginalizada de uma geração privada de perspectivas.

Junto com a estratégia de tensão do Governo e a atual repressão aos movimentos sociais (no transporte, hospitais, movimento estudantil e a oposição ao OGM) o qual se manifesta a tensa inseguridade social.

Nós não reclamamos um retorno à política de “a polícia na comunidade” ou a construção de ginásios onde os jovens se acabam em silêncio. Se Crê seriamente resolver assim a tensão social causada pela violência política e social dos poderosos?

Igualmente não pedimos a demissão do ministro do interior, como quer uma parte da esquerda. Esta é uma questão secundária, miseravelmente política, escandalosa se se recorda que a centro-esquerda instituiu de igual forma a política de seguridade e hoje segue sem desviar o modelo liberal de seguridade dominante.

Sem redistribuição do trabalho e da riqueza, e se a regressão social, o racismo e a exclusão social continuam estas explosões de raiva estão destinadas a se reproduzir.

Nem a prevenção, nem a religião, nem a repressão podem parar isso.
Só a justiça e a igualdade econômica e social constituem uma resposta.


Secretariado Federal De Alternative Libertaire,
05 de Novembro de 2005.


Traduzido para o português por montim – Coletivo Pró Organização Anarquista em Goiás. proorganarquista_go@riseup.net


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