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Solidariedade ao povo boliviano!

category bolivia / peru / ecuador / chile | imperialismo / guerra | feature author Thursday September 18, 2008 22:45author by Federação Anarquista Gaúcha - Fórum do Anarquismo Organizado - FAG - FAO Report this post to the editors

Na Bolívia se joga o futuro da América Latina!

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Hoje é na Bolívia, em 2002 foi na Venezuela, por três vezes nos últimos 11 anos o povo do Equador derrubou um presidente, em dezembro de 2001 a garra argentina derrotou o neoliberalismo e todo o seu projeto de desmonte da vida em sociedade. Hoje a guerra dos povos latino-americanos rumo à sua libertação livra a Batalha na Meia Lua boliviana.

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O impasse político do governo Morales deveria ser resolvido indo além das possibilidades legais. Existe uma esquerda popular muito mais à esquerda do que o recalcitrante vice-presidente Linera e dos burocratas de sempre oscilando entre as universidades latino-americanas e os governos com vernizes nacionalistas. À esquerda do MAS está a ex-guerrilha do Movimento E.G. Pachakuti, está a Coordenação Regional de El Alto, estão as instituições sociais de tipo Justiça Comunitária, existe um enorme tecido social organizado que não vai entregar o país e a terra ancestral para os herdeiros de Cortez e Pizarro.


Solidariedade ao povo boliviano!

Na Bolívia se joga o futuro da América Latina!


Os acontecimentos que se sucedem em Bolívia deixam aos anarquistas organizados na FAG em sentido de alerta. O problema não é a defesa de um governo com perfil nacionalista e raízes indígenas. O tema em pauta é a defesa incondicional da luta popular dos povos latino-americanos.

Viemos acompanhando e tendo contatos orgânicos com os companheiros bolivianos desde o verão de 2003, portanto, antes da vitória popular na Guerra do Gás, antes da derrubada de Gonzalo Sanchez de Losada, antes da derrubada do presidente que o sucedeu Carlos Mesa e muito antes da vitória eleitoral do MAS.

Desde aquele ano ficou nítido para a FAG que na Bolívia o jogo político era duro sem limites legais ou institucionais. A luta para a construção do Poder Popular tem várias vertentes, e no momento, o governo de Evo Morales e Álvaro Garcia Linera expressa parte da vontade popular em retomar a soberania definitiva sobre seu território ancestral. Evo não faz o que quer e nem governa com os banqueiros, como faz o ex-metalúrgico Lula. Hoje o país que derrotou o neoliberalismo dezenas de vezes se vê diante de seu maior desafio. O conjunto de povos e nacionalidades ancestrais do antigo vice-reinado do Alto Peru, as sociedades tradicionais quéchuas, aymaras, guaranis, tupis e dezenas de outras etnias, os descendentes vivos na mestiçagem das cidades, as heróicas resistências mineiras, cocaleras, de El Alto, de Cochabamba, o combate de rua em La Paz esquina por esquina derrotaram o inimigo diversas vezes. Este povo fez da organização do tecido social, da prática de justiça comunal e alianças de base o baluarte da derrota de um sistema de partidos políticos podres, corrompido com as experiências privatizadores dos anos ’80; com pedras e dinamites venceu nas ruas o Exército que operou sob o comando do general traficante Hugo Banzer; no avanço da prática cooperativista contesta a presença nefasta de transnacionais do petróleo e derivados, incluindo a odiosa presença subimperialista brasileira no país hermano.

Agora a luta é intestina e defronta a oligarquia da chamada Meia Luna, dominante nos departamento de Tarija, Beni, Pando, Chuquisaca e comandado pelos latifundiários da soja e narcotraficantes de Santa Cruz contra os interesses do povo. O governo de Morales é um alvo, mas a meta dessa gente é a destruição da organização popular e das alternativas indigenistas, das formas tradicionais e comunitárias de controle da vida social, da re apropriação popular do subsolo e das riquezas naturais. A dita luta por autonomia nada mais é do que a vontade política de uma oligarquia aliada das transnacionais, de um intento de golpe patrocinado pelo Departamento de Estado, CIA e DEA e financiado com o dinheiro roubado do povo boliviano. As multidões de homens e mulheres que lutam por “autonomia” são, em sua grande maioria, empregados, afiliados políticos e cabos eleitorais destes oligarcas. A situação de desobediência civil e não governo é enorme na Bolívia. Por esquerda, os protestos sociais são cada vez mais duros e as metas de reivindicações obrigam a Morales a fazer o que a maioria do povo organizado propõe. Mas, por direita, a oligarquia que também saiu vitoriosa no referendo revocatório dos governos nacional e departamentais, joga todas as suas forças no caos, no locaute e no bloqueio econômico. Eles não querem pagar impostos para o governo de La Paz , querem se apropriar das riquezas nacionais para si, da mesma forma que os bancos sugam nosso PIB e que a burocracia escualida chupava o sangue da Pedevesa venezuelana até a vitória do povo em abril de 2002. Companheiras e companheiros, na Bolívia hoje se luta uma batalha contra a oligarquia, batalha esta que faz parte da guerra do povo latino-americano contra os grilhões do imperialismo sob o manto macabro da globalização.

Temos algo a aclarar. É preciso expressar que a FAG como organização não se filia na defesa de nenhum governo de tipo estatal ou burguês. Nosso apoio, desde há muito é para com o processo levado a cabo pelos povos que reivindicam a herança bolivariana e artiguista, é ao lado da vontade política das instituições sociais e entidades de base que peleiam arduamente contra a burocracia crescente na Venezuela e as vacilações típicas de dirigentes com carisma, mas sem a organicidade e a devida obediência ao povo como fazem os verdadeiros militantes socialistas. Enfim, nossa luta é ao lado da Conaie equatoriana, da Anmcla venezuelana, da COR heróica de El Alto e de todo o movimento popular da Bolívia.

O impasse político do governo Morales deveria ser resolvido indo além das possibilidades legais. Existe uma esquerda popular muito mais à esquerda do que o recalcitrante vice-presidente Linera e dos burocratas de sempre oscilando entre as universidades latino-americanas e os governos com vernizes nacionalistas. À esquerda do MAS está a ex-guerrilha do Movimento E.G. Pachakuti, está a Coordenação Regional de El Alto, estão as instituições sociais de tipo Justiça Comunitária, existe um enorme tecido social organizado que não vai entregar o país e a terra ancestral para os herdeiros de Cortez e Pizarro.

Outra Batalha de Ayacucho; outro Levantamento de 1809

Em 1809, a valentia e a hombridade dos jovens bolivianos não reconheceram a pretensão de Carlota Joaquina de governar os vice-reinados. Esta decisão apontou o rumo da libertação da América no coração do Continente. A resposta realista veio rápida, quando o governador de Potosí, leal ao colonialismo, ocupou militarmente as cidades rebeldes. Em 1824, na Batalha de Ayacucho, a reação sai derrotada política e militarmente. A independência política não garantiu a libertação dos povos, com Poder Popular, Autogestão e Federalismo Político. Quase 190 anos depois e vivemos o mesmo embate. No avanço do poder do povo, na transformação do Estado nacional em espaço público e sob controle direto, no desmonte dos aparatos burgueses de regulação social, a direita aparece com toda a sua cara. Hoje é na Bolívia, em 2002 foi na Venezuela, por três vezes nos últimos 11 anos o povo do Equador derrubou um presidente, em dezembro de 2001 a garra argentina derrotou o neoliberalismo e todo o seu projeto de desmonte da vida em sociedade. Hoje a guerra dos povos latino-americanos rumo à sua libertação livra a Batalha na Meia Lua boliviana.

Que a oligarquia saia derrotada!

Que a CIA-DEA-Departamento de Estado dos EUA saiam derrotados!

Que o povo boliviano ultrapasse os limites do governo nacional e avancem no rumo do Poder Popular!

Porque o neoliberalismo e o imperialismo são a mesma coisa imunda!

Porque o Poder Popular na América Latina se constrói na luta!

Toda a solidariedade ao povo Boliviano!

O futuro do país Hermano será quéchua, aymara, guarani, tupi e popular ou não será!

A América Latina nunca se rende!

Poder Popular, Autogestão Social e Federalismo Político!


Porto Alegre, 13 de setembro de 2009,

Federação Anarquista Gaúcha (FAG) – Fórum do Anarquismo Organizado (FAO) – aliança estratégica com a Federação Anarquista Uruguaia (FAU).



Related Link: http://www.vermelhoenegro.org/fag
author by CAL - Colectivo Agitación Libertariapublication date Wed Sep 17, 2008 02:04author email agitacionlibertaria at gmail dot comauthor address author phone Report this post to the editors

Compañeros,

Adjuntamos una propuesta de traducción de este artículo. Asumimos las deficiencias que pueda tener pero responde a la necesidad de dar a conocer lo que los anarquistas sudamericanos están opinando respecto a los trágicos sucesos que aquejan nuestro país hermano.

Lo enviamos y esperamos sea subido a la página solo si acaso la FAU no ha hecho ya su propia traducción.

Salud.
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Solidaridad con el pueblo boliviano

Por Federación Anarquista Gaucha - Foro del Anarquismo Organizado - FAG – FAO

Traducción: Colectivo Agitación Libertaria (Arica-Chile)

La dificultad política del gobierno de Morales debiera ser resuelta superando los estrechos marcos legales. Existe una izquierda popular mucho más a la izquierda que el recalcitrante vicepresidente Linera y los burócratas de siempre que oscilan entre las universidades latino-americanas y los gobiernos con barnices nacionalistas. A la izquierda del MAS está la ex-guerrilla del Movimiento E.G. Pachakuti, está la Coordinación Regional de El Alto, están las instituciones sociales de tipo Justicia Comunitaria, existe un enorme tejido social organizado que no va a entregar el país y la tierra ancestral a los herederos de Cortez y Pizarro.

En Bolivia se juega el futuro de toda Latinoamérica!

Los acontecimientos que han sacudido a Bolivia en estos últimos días dejan a los anarquistas organizados en la FAG en estado de alerta. El problema no es la defensa de un gobierno con perfil nacionalista y raíces indígenas. El tema en agenda es la defensa incondicional de la lucha popular de los pueblos latinoamericanos.
Venimos acompañando y sosteniendo contactos orgánicos con los compañeros bolivianos desde el verano del 2003, es decir, desde antes de la victoria popular en la Guerra del Gas, antes de que sea derrocado el gobierno de Gonzalo Sanchez de Losada, antes de que sea derrocado el presidente que lo sucedió, Carlos Mesa, y mucho antes de la victoria electoral del MAS.
Desde aquel año quedó evidenciado parra la FAG de que en Bolivia el juego político era duro, sin límites legales o institucionales. La lucha por la construcción del Poder Popular tiene varias vertientes, y en áquel momento, el gobierno de Evo Morales y Álvaro Garcia Linera canalizan y expresan parte de la voluntad popular de retomar la soberanía definitiva sobre su territorio ancestral. Evo no hace lo que quiere y ni gobierna con los banqueros, como lo hace el ex-metalúrgico Lula da Silva. Hoy, el país que derrotó el neoliberalismo decenas de veces se ve enfrentado a su mayor desafío. El conjunto de pueblos y nacionalidades ancestrales del antiguo vice-reinado del Alto Perú, las sociedades tradicionales quéchuas, aymaras, guaranis, tupis y decenas de otras etnias, los descendientes vivos del mestizaje de las ciudades, las heroicas resistencias mineras, cocaleras, de El Alto, de Cochabamba, del combate callejero en La Paz, esquina por esquina, derrotaron el enemigo diversas veces. Este pueblo hizo de la organización del tejido social, de la práctica de justicia comunitaria y las alianzas de base el baluarte de la derrota de un sistema de partidos políticos podridos, corrompido con las experiencias privatizadores de los años ’80; con piedras y dinamitas venció en las calles el Ejército que operó bajo el comando del general traficante Hugo Banzer; al avance de la práctica cooperativista se opone la presencia nefasta de transnacionales del petróleo y derivados, incluyendo la odiosa presencia subimperialista brasileña en el país hermano.

Ahora la lucha es intestina. Pone enfrente, por un lado, a la oligarquía de la llamada Media Luna, dominante en los departamentos de Tarija, Beni, Pando, Chuquisaca y comandada por los latifundistas de la soja y los narcotraficantes de Santa Cruz y, por otro, los intereses del pueblo. Nadie duda de que el gobierno de Morales es uno de los blancos de estos oligarcas, sin embargo, la meta de esta gente es la destrucción de la organización popular y de las alternativas indigenistas, de las formas tradicionales y comunitarias de control de la vida social, de la reapropiación popular del subsuelo y de las riquezas naturales. Dicha lucha por la autonomía, no es más que la voluntad política de una oligarquía aliada de las transnacionales de un intento de golpe patrocinado por el Departamento de Estado, la CIA y la DEA, financiado con el dinero robado al pueblo boliviano. La multitud de hombres y mujeres que luchan por la “autonomía” son, en su gran mayoría, empleados, afiliados políticos y cabos electorales de estos oligarcas. La situación de desobediencia civil y no gobierno es enorme en Bolivia. Por izquierda, las protestas sociales son cada vez más duras y los objetivos de las reivindicaciones obligan a Morales a hacer lo que la mayoría del pueblo organizado propone. Pero, por derecha, la oligarquía que también salió victoriosa en el referendo revocatorio de los gobiernos nacional y departamentales, apuesta todas sus fuerzas en el caos, en el lock-out y en el bloqueo económico. Ellos no quieren pagar impuestos para el gobierno de La Paz, quieren apropiarse de las riquezas nacionales para sí, de la misma forma que los bancos succionan nuestro PIB y que la burocracia escuálida chupaba la sangre de la Pedevesa venezolana, cuestión que sólo se revirtió con la victoria del pueblo en abril del 2002. Compañeras y compañeros, en Bolivia hoy se libra una batalla contra la oligarquía, batalla que forma parte de la guerra del pueblo latinoamericano contra los grilletes del imperialismo bajo el manto macabro de la globalización.

Tenemos algo a aclarar: la FAG, como organización, no defiende ningún gobierno de tipo estatal o burgués. Nuestro apoyo, desde hace mucho es para el proceso llevado a cabo por los pueblos que reivindican la herencia bolivariana y artiguista, es al lado de la vocación política de las instituciones sociales y entidades de base que pelean arduamente contra la burocracia creciente en Venezuela y las vacilaciones típicas de dirigentes con carisma, pero sin la organicidad y debida obediencia al pueblo, como hacen los verdaderos militantes socialistas. Finalmente, nuestra lucha es al lado de la Confederación de Nacionalidades Indígenas de Ecuador (CONAIE), de la Asociación Nacional de Medios Comunitarios, Libres y Alternativos (ANMCLA) de Venezuela, de la COR heroica de El Alto y de todo el movimiento popular de Bolivia.
La dificultad política del gobierno de Morales debiera ser resuelta superando los estrechos marcos legales. Existe una izquierda popular mucho más a la izquierda que el recalcitrante vicepresidente Linera y los burócratas de siempre que oscilan entre las universidades latino-americanas y los gobiernos con barnices nacionalistas. A la izquierda del MAS está la ex-guerrilla del Movimiento E.G. Pachakuti, está la Coordinación Regional de El Alto, están las instituciones sociales de tipo Justicia Comunitaria, existe un enorme tejido social organizado que no va a entregar el país y la tierra ancestral a los herederos de Cortez y Pizarro.

Otra Batalla de Ayacucho; otro Levantamiento como el de 1809

En 1809, valientes jóvenes bolivianos no reconocieron la pretensión de Carlota Joaquina de gobernar los vice-reinados. Esta decisión tomada en el corazón del Continente señaló el camino a seguir rumbo a la liberación de América. La respuesta realista no tardó en llegar y así fue que el gobernador de Potosí, leal al colonialismo, ocupó militarmente las ciudades rebeldes. En 1824, en la Batalla de Ayacucho, la reacción sale derrotada política y militarmente. Así y todo, la independencia política no garantizó la liberación de los pueblos: con Poder Popular, Autogestión y Federalismo Político. Casi 190 años después, se repite la historia. Ante el avance del poder del pueblo, en la transformación del Estado nacional en espacio público y bajo control directo, en el desmonte de las estructuras burguesas de dominación social, la derecha aparece con furia. Hoy es en Bolivia, en el 2002 fue en Venezuela, en tres ocasiones el pueblo de Ecuador derrocó gobiernos en los últimos 11 años, en diciembre del 2001 la garra argentina derrotó el neoliberalismo y todo su proyecto de desmonte de la vida en sociedad. Hoy, la guerra de los pueblos latinoamericanos rumbo a su liberación, libra una nueva Batalla en la Media Luna boliviana.

¡Que la Oligarquía salga derrotada!

¡Que la CIA-DEA-Departamento de Estado de EEUU salgan derrotados!

¡Que el pueblo boliviano traspase los limites del gobierno nacional y avance rumbo al Poder Popular!

¡Porque el neoliberalismo y el imperialismo son la misma cosa inmunda!

¡Porque el Poder Popular en América Latina se construye en la lucha!

¡Toda la solidaridad con el pueblo Boliviano!

¡El futuro del país Hermano será quéchua, aymara, guarani, tupi y popular o no será!

¡América Latina nunca se rinde!

¡Poder Popular, Autogestión Social y Federalismo Político!

Porto Alegre, 13 de septiembre de 2008,

Federación Anarquista Gaucha (FAG) – Foro del Anarquismo Organizado (FAO) – alianza estratégica con la Federación Anarquista Uruguaya (FAU).

author by MGpublication date Wed Sep 17, 2008 02:39author address author phone Report this post to the editors

Me parece una traducción más que correcta, la he publicado en A-infos en castellano.

Salud y toda nuestra solidaridad con el pueblo boliviano en estos momentos de resistencia frente a la oligarquía y el imperialismo.-

 
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