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Bolívia: o MAS do mesmo. A Via pelo Estado

category brazil/guyana/suriname/fguiana | community struggles | other libertarian press author Wednesday September 13, 2006 02:49author by UNIPA Report this post to the editors

A vitória do projeto político reformista do MAS, com a eleição de Morales/Linera em 2005, significou a vitória de mais uma proposta conciliatória de classe para América Latina, ao manter a ordem institucional e defender a construção de um “Estado Social-Democrata”, que teria por objetivo promover a distribuição de renda. Para os trabalhadores isso significou uma derrota, momentânea, de suas aspirações. O Caminho do MAS é o da conciliação de classe, o da derrota.

A luta de classes na Bolívia tomou imensas proporções quando os presidentes Sanchez de Losada e posteriormente Carlos Mesa, em outubro de 2003, foram derrubados através da ação dos mais diversos movimentos populares do povo boliviano,. A COB (Central Obrera Boliviana), a Federação dos Mineiros, a Federação das Juntas Vecinales de El Alto e os movimentos indígenas – como Movimiento Indígena Pachakuti, liderado por Felipe Quispe - promoveram imensas mobilizações pela nacionalização dos recursos minerais e por melhores condições de vida do povo pobre.

O Movimento Ao Socialismo (MAS) que defende o “desenvolvimento de um capitalismo andino” sempre procurou manter a ordem institucional, chegando a participar do governo de Carlos Mesa. Enquanto vários setores do movimento operário e indígena da Bolívia tentavam intensificar a lutar, o MAS apostou o tempo todo na tomada do Estado pelas eleições. Conseguindo conquistar o Poder Executivo, o MAS tinha dois grandes objetivos: 1) o controle da COB e 2) o controle do Congresso.

Assim, para acalmar as mobilizações de alguns setores, como a COB, a Federação Sindical dos Trabalhadores Mineiros e as Juntas Vecinales que mantém a independência e exigem a expropriação das multinacionais, o aumento de salários e a Reforma Agrária, o governo anunciou, em 1º de maio, a falsa nacionalização do Gás. Na verdade, a chamada “nacionalização” é uma lei que renegocia o preço do gás e re-cria a estatal YPFB, que irá ser responsável pelas negociações dos recursos naturais.


A COB, mantendo a autonomia do governo, vem sendo o calcanhar de aquiles de Morales, que necessita apaziguar os ânimos para manter a ordem institucional. No congresso da COB, realizado no final do mês passado, o MAS tinha como objetivo o controle da ainda poderosa Central. Já o congresso foi controlado pela vitória do MAS na Assembléia Constituinte, atingindo mais da metade das cadeiras, o que consolida a posição do partido e fortalece a proposta reformista de Morales-Linera.

O anúncio do governo boliviano no Dia 1º de maio a respeito das novas regras de exploração dos recursos naturais causou forte impacto sobre alguns partidos políticos de direita e a imprensa brasileira. Os órgãos de classe, como a FIESP, mantiveram-se tranqüilos. O MAS procurava com isso ganhar apoio popular, uma vez que o governo se tornou a esperança do povo boliviano. Porém, não há como o MAS ficar de árbitro da luta de classe na tentativa de desenvolver seu “capitalismo andino” através de acordos com as multinacionais, transformando-se em “sócios” das empresas como REPSOL e PETROBRAS, como defende o atual governo.
A vitória do projeto político reformista do MAS, com a eleição de Morales/Linera em 2005, significou a vitória de mais uma proposta conciliatória de classe para América Latina, ao manter a ordem institucional e defender a construção de um “Estado Social-Democrata”, que teria por objetivo promover a distribuição de renda. Para os trabalhadores isso significou uma derrota, momentânea, de suas aspirações. O Caminho do MAS é o da conciliação de classe, o da derrota.

Para tanto, é necessário que o povo verdadeiramente assuma o controle da economia do país e construa o poder popular. A insurreição popular é o único caminho para a libertação efetiva dos camponeses e operários da Bolívia. A ascensão de líderes populares, do movimento indígena ou sindical não representa nenhuma vitória para o povo, a não ser derrotas. “A libertação dos trabalhadores é obra dos próprios dos trabalhadores”


Todo Poder ao Povo Boliviano! Pela Insurreição Popular!

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