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Política quem faz é o Povo Organizado

category brazil/guyana/suriname/fguiana | miscellaneous | feature author Wednesday September 13, 2006 21:14author by Federação Anarquista Gaúcha - FAGauthor email secretariafag at vermelhoenegro dot org Report this post to the editors

Neste mês de outubro, todos estão convocados para mais uma eleição burguesa, só que desta vez, o descontentamento da população nunca foi tão grande. Motivos para isso não faltam, pois nos últimos quatro anos aumentaram os escândalos de corrupção, a impunidade, a violência e a desigualdade.
Lula assumiu a presidência apostando no pacto social, reunindo banqueiros e empresários para um diálogo e sendo respaldado pela esperança de mudança que carregava o povo brasileiro. Hoje, o sentimento da população e de boa parte da esquerda que o elegeram é de traição. Por outro lado, para os anarquistas da FAG não se trata de um caso de traição, pois logo após a eleição de 1989, a cada ano que passava o programa do PT se tornava mais brando, os militantes se afastavam das bases e as alianças políticas ficavam mais próximas da direita. Na verdade, esse é o caminho que segue qualquer partido eleitoral que almeja chegar ao poder burguês.


Opinião: Política quem faz é o Povo Organizado



Neste mês de outubro, todos estão convocados para mais uma eleição burguesa, só que desta vez, o descontentamento da população nunca foi tão grande. Motivos para isso não faltam, pois nos últimos quatro anos aumentaram os escândalos de corrupção, a impunidade, a violência e a desigualdade.

Lula assumiu a presidência apostando no pacto social, reunindo banqueiros e empresários para um diálogo e sendo respaldado pela esperança de mudança que carregava o povo brasileiro. Hoje, o sentimento da população e de boa parte da esquerda que o elegeram é de traição. Por outro lado, para os anarquistas da FAG não se trata de um caso de traição, pois logo após a eleição de 1989, a cada ano que passava o programa do PT se tornava mais brando, os militantes se afastavam das bases e as alianças políticas ficavam mais próximas da direita. Na verdade, esse é o caminho que segue qualquer partido eleitoral que almeja chegar ao poder burguês.

Logo em 2003, os acordos com o FMI puseram na agenda do governo a Reforma da Previdência que roubou direitos históricos dos trabalhadores, e também a reforma tributária que deixa os pobres pagarem as maiores contas. Outro ingrediente da receita neoliberal foi a aprovação da lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs), aprovada em regime de urgência no final de 2004, e que representa uma nova forma de privatização dos serviços públicos.

No ano passado, o dinheiro gasto somente no pagamento dos juros da dívida pública (R$ 83,83 bilhões) foi maior do que o total gasto nos principais setores sociais, como por exemplo: saúde, educação, habitação e assistência social (R$ 69,27 bilhões). Os bancos lucraram em 3 anos de governo Lula, mais do que nos 8 anos de FHC. Em 2005, a soma dos lucros dos principais bancos chega a R$ 18, 8 bilhões, ou seja, três vezes o que o governo gastou com o bolsa família no mesmo ano. O pacote agrícola anunciado em maio destina R$ 50 bilhões para o agronegócio e apenas R$ 10 bilhões para a agricultura familiar. Sendo que somente a ARACRUZ celulose recebeu nos últimos três anos quase R$ 2 bilhões do governo brasileiro via BNDES.

Desde o início do mandato, Lula apostou no campo da propaganda tendo como fiel aliado a Rede Globo. Recentemente, o ministro das comunicações e sócio da Globo, Hélio Costa, conduziu às pressas a aprovação de um padrão estrangeiro (japonês) para a tv digital, desconsiderou a tecnologia brasileira, tudo isso para resolver o problema da dívida acumulada pela empresa que detém o monopólio da comunicação no Brasil. Por outro lado, para o povo que tem nas Rádios Comunitárias o meio de expressar a sua própria voz, a repressão só aumentou nos últimos quatro anos. Em troca, Lula ganha a confiança da mídia que divulga dados mentirosos dizendo que o bolsa família foi responsável pela distribuição de renda no país. Porém basta consultarmos os dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que desmente esta afirmação.

Os privilégios e a violência dos de cima

Enquanto o governo federal faz política para agradar o imperialismo, os banqueiros, a Rede Globo e os latifundiários, no congresso nacional a corrupção e a impunidade andam soltas sem reconhecerem partidos, pisoteando princípios, fazendo de cada político réu suspeito ou confesso. Nesse sistema de privilégios, segundo o Jornal do Brasil, cada parlamentar brasileiro recebe R$ 413, 3 mil por ano, mais auxílio moradia de R$ 3 mil mensais, trabalhando de terça a quinta durante a semana e folgando 90 dias por ano. Somente os cargos de confiança (CCs) aumentaram em 11,3% no Governo Lula. No entanto, não bastasse as regalias que o Estado oferece, nos últimos anos a classe política brindou com a propina dos Correios, o mensalão do PT e Marcos Valério, e também com o recente episódio da máfia das ambulâncias que envolve um em cada cinco dos parlamentares do Congresso Nacional. O fedor de podre aumentou com a série de denúncias de irregularidades nas concorrências públicas de limpeza urbana em todo o país, chegando a derrubar o ex-ministro Antônio Palocci.

Brasília, São Paulo, Ribeirão Preto e Porto Alegre são alguns casos de contaminação pela máfia do lixo, ou seja, um enorme esquema envolvendo empresas multinacionais e políticos através de financiamento de campanhas, fraudes em licitações e concorrências públicas, caixa 2, corrupção e assassinatos. O objetivo principal é a privatização do lixo, resultando no desmonte do serviço público e exclusão dos catadores.

No social, todas essas contradições são as responsáveis pela enorme desigualdade que existe em nosso país, principalmente nos grandes centros urbanos. Uma pesquisa do DIEESE aponta que 46,4% do total de desempregados das grandes cidades é formado por pessoas de 16 a 24 anos. Curiosamente, tomando Porto Alegre como exemplo, quase metade dos detentos do Presídio Central tem entre 18 e 25 anos. Ou seja, as rebeliões nos presídios e a ascensão do crime organizado são as conseqüências desse sistema social que nos joga cada vez mais para a miséria e que não oferece nenhuma perspectiva para a juventude.

A estratégia neoliberal para o RS

Rigotto chegou ao Governo do Estado com a propaganda do coraçãozinho e abusando dos seus olhinhos claros e a cara de bom moço. No entanto, os trabalhadores logo ficaram sabendo do que realmente estaria por vir. Em setembro do ano passado, um sindicalista foi assassinado durante uma manifestação contra as 15 mil demissões do setor coureiro-calçadista. A criminalização dos movimentos sociais seguiu com a retaliação que sofreram as mulheres da Via Campesina após a ação contra o deserto verde no dia 8 de março deste ano.

A choradeira da crise financeira do Estado acompanhou a trajetória de Rigotto e fez eco nos demais partidos que compõem a Assembléia Legislativa. No entanto, temas de fundo como a dívida estadual, os privilégios concedidos aos cargos de confiança e a isenção fiscal para as grandes empresas não aparecem no debate. A primeira atitude do governo é promover um tarifaço, aumentando as alíquotas de ICMS sobre energia, combustíveis e telecomunicações.

Neste ano, três projetos de longo prazo para o RS com fundamentos neoliberais foram apresentados com o velho discurso do desenvolvimento: Rumos 2015, Pacto pelo Rio Grande e Agenda Estratégica. O primeiro realizado através de financiamento do Banco Mundial e que tem nos seus planos o incentivo à monocultura da celulose. O segundo representa um consenso da classe política gaúcha com o congelamento de salário dos servidores e reforma previdenciária, pois afinal de contas o Estado deve ter recursos para investir nos ditos projetos de desenvolvimento. A semelhança entre os três é que para a próxima década o Rio Grande do Sul estará à disposição dos interesses estratégicos imperialistas, entre esses: a terra, a água e a privatização dos serviços públicos através das Parcerias Público-Privadas.

Independência de classe para derrotar o neoliberalismo

As cartas já estão dadas. O inimigo de classe e o imperialismo já deixaram bastante claro suas intenções tanto no Estado como no Brasil. No entanto, neste momento a militância de esquerda combativa deve assumir a unidade entre as classes oprimidas em uma frente contra o governismo neoliberal, para resistir aos projetos do imperialismo e estrategicamente acumular forças para uma ruptura. Isso significa uma construção de base que não pode aceitar aliados entre os burgueses e a burocracia, ou seja, uma unidade baseada no princípio da independência de classe. Não é uma Reforma Política ou um partido no governo que irá modificar uma estrutura que tem como finalidade a dominação de classe. É por isso que diante dessa farsa eleitoral demonstramos todo o nosso repúdio, votando nulo e digitando 00 na urna. Política quem faz é o povo organizado. Para resistir a miséria e a opressão, votamos e apostamos no desenvolvimento das forças do protagonismo de classe como melhor escola do poder popular.

- NÃO À REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA DO FMI

- NÃO AO PACTO PELO RIO GRANDE E A ESTRATÉGIA NEOLIBERAL!

- POLÍTICA QUEM FAZ É O POVO ORGANIZADO! VOTE NULO!

- POR UMA FRENTE DOS OPRIMIDOS PRA DERROTAR O NEOLIBERALISMO!



A FAG compõe o Fórum do Anarquismo Organizado, e vem construindo-o junto a diversos outros coletivos do brasil, no projeto de construção de uma organização anarquista brasileira, articulado com outros grupos do anarquismo organizado da america latina.


Análise do Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares sobre as Eleições:

[O Circo Eleitoral e Realidade dos Trabalhadores Alagoanos]


Análise do Coletivo pró Organização Anarquista em Goiás sobre as Eleições:

[ Política quem faz é o povo organizado na Luta!]


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