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Contra a Copa e a Repressão: Somente a Luta e Organização!

category brazil/guyana/suriname/fguiana | community struggles | feature author Friday June 20, 2014 00:26author by Coordenação Anarquista Brasileira - CAB Report this post to the editors

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O quadro das lutas e dos conflitos sindicais e populares no país antes e durante a Copa do Mundo, tem pressionado o governo federal, alguns governos estaduais, municipais e as patronais, gerando uma guerra de nervos nos principais centros urbanos do Brasil.

Se no ano passado as grandes mobilizações foram protagonizadas pelos setores precarizados da juventude e não pelos movimentos populares organizados, em 2014, a tônica tem sido e, pelo jeito, continuará sendo dada pela base dos trabalhadores de diversas categorias e por setores próximos e articulados com as classes oprimidas. O desenrolar do conflito dos Metroviários de São Paulo – que durante dias enfrentaram a intransigência de uma das piores expressões da direita desse país (o quadro da organização de extrema direita católica Opus Dei Geraldo Alckmin/PSDB) é um exemplo disto, recebendo a forte repressão policial, todo o jogo sujo dos grandes meios de comunicação e ainda o anúncio de mais de 40 demissões. Os metroviários prosseguem na campanha de readmissão dos 42 trabalhadores demitidos. Chumbo grosso está sendo jogado em cima desses valorosos companheiros/as e em cima de outras categorias atualmente em greve é por isso que precisamos estar atentos a todas as tentativas de criminalização das lutas.

[Italiano]


Contra a Copa e a Repressão: Somente a Luta e Organização!


O quadro das lutas e dos conflitos sindicais e populares no país antes e durante a Copa do Mundo, tem pressionado o governo federal, alguns governos estaduais, municipais e as patronais, gerando uma guerra de nervos nos principais centros urbanos do Brasil.

Se no ano passado as grandes mobilizações foram protagonizadas pelos setores precarizados da juventude e não pelos movimentos populares organizados, em 2014, a tônica tem sido e, pelo jeito, continuará sendo dada pela base dos trabalhadores de diversas categorias e por setores próximos e articulados com as classes oprimidas. O desenrolar do conflito dos Metroviários de São Paulo – que durante dias enfrentaram a intransigência de uma das piores expressões da direita desse país (o quadro da organização de extrema direita católica Opus Dei Geraldo Alckmin/PSDB) é um exemplo disto, recebendo a forte repressão policial, todo o jogo sujo dos grandes meios de comunicação e ainda o anúncio de mais de 40 demissões. Os metroviários prosseguem na campanha de readmissão dos 42 trabalhadores demitidos. Chumbo grosso está sendo jogado em cima desses valorosos companheiros/as e em cima de outras categorias atualmente em greve é por isso que precisamos estar atentos a todas as tentativas de criminalização das lutas. Estado de exceção? Estado de luta e solidariedade permanente!

No marco da Lei Geral da Copa e da Portaria de Garantia da Lei e da Ordem, que configura um verdadeiro Estado de Exceção no país, faz-se extremamente necessária a Solidariedade incondicional do conjunto da esquerda e dos movimentos sociais a todos os conflitos em curso e, principalmente, para os trabalhadores metroviários de São Paulo.

Há meses, ocorre o aumento dos efetivos policiais e militares nos centros urbanos, bem como em suas periferias e favelas.

Em virtude das jornadas de junho de 2013, temos visto a crescente preocupação do Estado brasileiro em garantir a “tranquilidade” durante o período da Copa. O que, na prática, se expressa em mecanismos jurídicos que rifam direitos civis e liberdades democráticas, intensificação da repressão e da criminalização do protesto e da pobreza, aumento dos efetivos policiais e militares nos centros urbanos, bem como em suas periferias e favelas, assim como os gastos com as tecnologias de repressão. A continuidade das lutas sindicais e populares neste período nos indica que não serão poupados esforços no sentido de conter, amedrontar e impedir que os trabalhadores usem de instrumentos legítimos e históricos para defender seus direitos e arrancar conquistas, como greves, piquetes, ocupações e marchas.

No Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, por exemplo, mandados de busca e apreensão foram expedidos às vésperas da COPA, com detenção de alguns companheiros/as no sentido de inculcar medo nos lutadores sociais. No Distrito Federal, militantes do Comitê Popular da Copa receberam intimidação de supostos representantes da Justiça Eleitoral não-identificados, um dia antes de um protesto contra os gastos da copa. Em Porto Alegre, vários lutadores sociais do Bloco de Lutas estão sendo processados e intimados. Os próprios metroviários em greve sofreram forte repressão da Tropa de Choque da PM, que usou bombas de gás lacrimogênio, de efeito moral e balas de borracha. Em Goiânia, estudantes da Frente de Luta pelo Transporte Público foram presos de forma arbitrária e somam-se aos inúmeros presos e detidos da luta pelo transporte no país. A lista é enorme e poderíamos estender mais de uma página com casos de intimidação e repressão de norte a sul do país.

O problema do déficit habitacional que é gravíssimo no país, faz o número de ocupações urbanas nas grandes cidades multiplicar-se. A resposta do estado, tem sido defender os especuladores imobiliários, com remoções forçadas. Salvo, quando os movimentos de moradia, saem às ruas denunciando e exigindo avanços, como recentemente em São Paulo.

Temos apontado, em nossos materiais de análise, que vivemos um momento emblemático em nosso país, com o aumento das perseguições políticas a lutadores sociais e organizações políticas, inquéritos com acusações absurdas e descabidas que podem prosseguir para além da Copa do Mundo. Tudo isso coordenado por uma constante guerra psicológica às lutas sociais por parte dos grandes meios de comunicação, destilando seu ódio de classe e suas mentiras na expectativa de construir um consenso conservador que reforce a ideia de que a questão social é um caso de polícia. O período da Copa confirma a continuidade desse cenário. Em comunicado nacional, no dia 10/06, a presidenta Dilma Rousseff diz que essa será a “copa da tolerância, da diversidade, do diálogo e do entendimento”. Uma clara reafirmação do atual pacto social empregado pelo atual governo com a burguesia e sua base de sustentação, tanto em termos partidários como dentro dos movimentos sociais que hegemoniza, como é o caso da CUT por exemplo.

Enfrentar a repressão: organizando e lutando!

O período que estamos vivendo tem demonstrado a verdadeira face do sistema de dominação capitalista, que não será transformada com a troca dos governos de turno. Quando os de baixo se movem, os de cima tratam de pôr em funcionamento toda ordem de mecanismos coercivos, repressivos e de intimidação para frear as lutas. A repressão é e sempre será a carta na manga das classes dominantes e do Estado, a carta que derruba todas as demais e impõe a “paz social”. A violência dos de cima é constitutiva das estruturas de dominação do capitalismo e, portanto, nunca será uma exceção no atual sistema. Ela é regra que contribui para manter operando as relações de poder e dominação funcionais aos privilégios das classes dominantes.

É certo que a natureza das mobilizações, muitas delas à revelia das direções sindicais e das estruturas oficiais do sindicalismo “tradicional”, nos pede que avancemos para formas de organização, desde a base, que façam da experiência de luta de milhares de trabalhadores, moradores das periferias urbanas, pobres do campo e estudantes um critério para apontar o que serve e o que não serve ao protagonismo e ação direta desses lutadores. Isso implica reforçar e construir movimentos populares e organismos de base sindical combativos e independentes para dar força social aos oprimidos e oprimidas, linha política que a CAB tem modestamente se dedicado a construir em diversos setores de luta. As experiências das lutas de 2013 e dos recentes conflitos têm sido as que melhor têm produzido uma ideologia combativa, de luta e de enfrentamento. Não é hora de recuar mas sim, hora de dar qualidade organizativa!

Mais uma vez, a hora é de solidariedade permanente, porque permanente é a luta e onde há dominação há resistência! Onde há resistência, luta e organização de base, há sementes sendo plantadas para a construção do Poder Popular.

O momento é de enfrentar a repressão lutando para que esse novo período de lutas contra as forças da ordem aprofunde os níveis de organização e consciência dos de baixo para superar o medo que a classe dominante seu governo de turno desejam nos impor.

Toda Solidariedade à greve dos metroviários de São Paulo! Pelo Direito de Greve!

Pela readmissão dos 42 metroviários grevistas!

Pelo fim da detenção e das intimações dos lutadores!

Contra a repressão promovida pelos de Cima, a luta, a greve e a organização dos de Baixo!

Fortalecer o movimento sindical e popular com democracia direta, independência de classe e governos!

Protestar não é crime!

Coordenação Anarquista Brasileira (CAB)

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author by Revolução Universal - Revolução Universalpublication date Thu Jul 03, 2014 11:48author email revolucaouniversal at yahoo dot comauthor address author phone Report this post to the editors

2013-2014 é a rebelião da classe trabalhadora no Brasil! Em difíceis condições a resistência prossegue, contra o terror armado imposto pelos governantes, contra as infiltrações de políticos/sindicalistas e seus aliados dificultando a luta, contrariando as promessas de governantes e mentiras da mídia. E agora, afrontando a idolatria esportiva, que tanto sacrifício e humilhação tem custado aos trabalhadores.Os combates continuam!Piquetes, greves, revoltas e molotovs há um ano abrem caminhos melhores!

Mesmo com propaganda e fanatismo na Jerusalém do futebol que é o Brasil, trabalhadores mostram que existem porque lutam e lutam porque existem: greve dos transportes em Natal, confrontos na abertura da copa (em BH e P.Alegre), universidades ocupadas, vítimas das enchentes buscam alimento em Santa Catarina e Paraná, mesmo com o exército na região.Indignação e protesto em algumas favelas...Não são exclusividade do "Black Bloc", ou de uma "conspiraçao" deles criada pela imprensa.São a necessidade de nossa classe, a classe trabalhadora, de resistir à opressão, lutar por uma vida melhor e combater o Estado e a burguesia, em todos os lugares! Mas 3 grandes inimigos atuam contra a rebelião:

REPRESSÃO As autoridades usam o terror. Atacando manifestações, caçando individualmente quem é contra o sistema. Resultado: morte de mais de 50 pessoas em protestos, só em 2013. Imprensa, partidos (do governo e da “oposição”), sindicalistas falam contra a “violência”, de vidros e ônibus quebrados, mas elogiam lincnchadores e grupos de extermínio. Há um ano, fato confirmado depois e hoje na copa, se vê a colaboração entre imprensa, forças policiais atacando protestos, ocupações, periferias, greves...e os partidos(de “direita” e de “esquerda”), sindicatos e seus agentes (grupos do tipo MPL,MTST etc.) como delatores.Em 19 de junho o MPL de S.Paulo declarou à polícia que iria “conter” os manifestantes, na abertura da copa PSTU,PCB,PSOL entregaram manifestantes à polícia. A violência das autoridades ocorre por ter o apoio desses infiltrados aos assassinos.Para depois da copa, o governo prepara mais terror e violência. Enfrentá-las requer armar os protestos, greves, ocupações, saques, tratar colaboradores infiltrados do mesmo modo que se trata os capangas das autoridades:com fogo!

INFILTRAÇÃO/MANIPULAÇAO Expulsos dos protestos, sindicatos/partidos usaram seus testas-de-ferro de “direita” e “esquerda” (“Acorda Brasil”, “Anonymous Brasil”, MPL) que armaram com a presidente e governadores o fim dos protestos. Trazida pelo MPL aos protestos, a “direita” deu-lhe a desculpa de um “golpe contra a presidente” para colar sindicatos/partidos no movimento de luta. Cumprida a missão, o MPL cedeu o lugar a eles, que tentaram invadir/mandar nos protestos/greves. Chamaram uma falsa “greve geral”(11/07/13) para evitar uma sem eles, convocada dias antes na internet.Os partidos/sindicatos dividiram a luta nacional em várias “greves” pequenas/regionais para enfraquecê-las.Falam da “direita” linchadora e homofóbica, útil a eles e ao governo Dilma: partidos/sindicatos/governo posam de “salvadores” contra ela. "Salvadores" que pagam especialistas estrangeiros em massacres para treinar tropas contra protestos e favelas pelo bem da copa, a favor das UPPs com tortura e morte no Rio. Induziram a esperar "greve e protesto" na copa, mas venderam para Dilma/governos estaduais suas promessas de “lutas e ocupações”(MTST, metroviários em S.Paulo, aeroviários). Chamaram greves às pressas para logo abortá-las.Tudo para os trabalhadores não se organizarem por conta própria,perderem a iniciativa de ação.É preciso denunciar os sacrifícios e mazelas atuais e que vão ocorrer e a participação de TODOS os políticos neles. Organizar já o boicote e a luta contra as eleições.
BLEFES O truque dos “20 centavos”, com dias contados e a encenação de “mudanças” para frear as revoltas: “prisão” de mensaleiros e Natan Donadon, “legado” da copa (que só existe para a presidente e investidores no evento), promessa de casas para impedir ações de trabalhadores sem-teto (MTST colaborou na farsa), tom de ameaça sobre o “fim do bolsa-família” (fraude que maquia estatísticas de desemprego e barateia a manutenção do trabalhador – para que 678 de salário se podem ser pagos 70,100 reais?). Os blefes escondem o surto de aumento de preços vindo após a copa,uma piora na economia agravando o quadro(68 milhões de desempregados nos números do governo – pesquisa IBGE jan.-março).E ainda uma nova seca em S.Paulo a iniciar entre outubro e o verão. As lutas e mobilizações atuais devem ser mantidas/unificadas não só contra a copa, mas contra essa maré.

São urgentes necessidades: quebrar a censura (a imprensa estrangeira mostra os protestos e situação aqui mais do que a própria imprensa brasileira), organizar contatos e grupos rebeldes, com ligações com outros grupos no exterior para manter os focos de resistência que sobreviverão à essa tempestade. Não ficar visível para a repressão, seja nos protestos ou nos meios virtuais, pois muitos estão sendo rastreados e presos.Golpear onde não somos esperados e atenção à reunião dos BRICS em Fortaleza em julho! Organizar ações em todos os lugares contra tal evento.
INCENTIVAR E MANTER A RESISTÊNCIA/LUTAS SOCIAIS! DERRUBAR O MURO DE MENTIRAS DA IMPRENSA, GOVERNO, PATRÕES, PARTIDOS, SINDICATOS! DENUNCIAR COMO INIMIGOS DOS TRABALHADORES AS AGÊNCIAS ESTATAIS (MTST, MPL,MST,etc.), DELATORAS DE MANIFESTANTES! GUERRA À "DIREITA" FASCISTA-LINCHADORA E SEUS PARES DE "ESQUERDA"! NEM COPA, NEM ELEIÇÕES! RETOMAR A REBELIÃO! MORTE AO ESTADO E AO CAPITALISMO!

Revolução Universal, junho de 2014. revolucaouniversal@yahoo.com

 
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