[Santa Maria] NÃO SE INTIMIDAR, NEM SE DESMOBILIZAR!
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opinião / análise
Saturday February 22, 2014 00:02 by Federação Anarquista Gaúcha - FAG
REVOGAR O AUMENTO DA TARIFA EM SANTA MARIA PELA FORÇA DAS RUAS!
A luta pelo transporte público em Santa Maria entrou num novo, duro e repressivo momento. Isso por que de forma despótica e anti povo, o prefeito César Schirmer em beneficio da ATU (Associação de Transportadores Urbanos), aprovou criminosamente o aumento do preço da tarifa de 2,45 para 2,60, apoiado pela grande mídia local, em especial pelas filiais da “fabrica de mentiras” do Grupo RB$.
bloco de lutas Santa Maria
[Santa Maria] NÃO SE INTIMIDAR, NEM SE DESMOBILIZAR!
REVOGAR O AUMENTO DA TARIFA EM SANTA MARIA PELA FORÇA DAS RUAS!
A luta pelo transporte público em Santa Maria entrou num novo, duro e repressivo momento. Isso por que de forma despótica e anti povo, o prefeito César Schirmer em beneficio da ATU (Associação de Transportadores Urbanos), aprovou criminosamente o aumento do preço da tarifa de 2,45 para 2,60, apoiado pela grande mídia local, em especial pelas filiais da “fabrica de mentiras” do Grupo RB$.
O prefeito, aproveitando-se do período de baixas mobilizações que ocorre em tempos de férias numa cidade universitária como Santa Maria, assinou decreto de aumento da passagem. O novo valor da tarifa foi legitimado com sérias contradições pelo mais que duvidoso e interesseiro crivo do CMT (Conselho Municipal de Transportes) com 11 votos à favor e 4 contra. Esta instância consultiva da administração municipal é composta basicamente pela patronal e por entidades do campo popular burocratizadas e cooptadas. Valendo-se da aprovação, Schirmer foi ainda mais à fundo em suas práticas anti povo e para garantir maior lucro dos empresários não formulou nenhum pedido de melhoras no serviço oferecido pelas empresas. Fato justificado mentirosamente, através do argumento que a prefeitura municipal irá promover uma licitação para o transporte coletivo até o fim do ano. Quem conhece as práticas e o jogo de interesses existentes entre a administração municipal e a ATU sabe que isso não será bem assim.
Não podemos esquecer a covardia repressiva da Brigada Militar, dirigida pelo governo Tarso/PT, que a mando da prefeitura e da ATU prendeu 2 companheiros e feriu vários militantes inclusive desacordando a coronhadas de escopeta uma mãe de vitima da tragédia da Boate Kiss no último Ato do Bloco de Lutas. Isso demonstra muito bem o tipo de dialogo que se encontrará daqui pra frente.
Fortalecer e instrumentalizar o Bloco de Lutas pela esquerda para através da mobilização permanente revogar o aumento.
Neste momento de repressão e desinformação promovida pela mídia burguesa, é preciso massificar a luta contra o aumento da tarifa. E para isso, é preciso que os setores populares e da esquerda combativa que militam a pauta do transporte público na cidade fortaleçam e instrumentem o Bloco de Lutas, para através da luta e da mobilização permanente revogar o aumento. Seguindo exemplo claro deixado por Porto Alegre e outras capitais que ao longo do ano passado mostraram generosamente qual o caminho seguir para fazer recuar esse tipo de investida. A via morta da burocracia não garante em nada a conquista de direitos, a história da “esquerda” hegemônica nas últimas décadas em nosso país segue demonstrando isso dia após dia.
Por tanto é preciso favorecer dentro do Bloco de Lutas a participação, a democracia de base e combater em discurso e principalmente nas coisas de todos os dias práticas vanguardistas que excluem, e vícios burocráticos que de tempos em tempos desviam do central que é a luta. Por isso é extremamente necessário que cada companheiro, coletivo, sindicatos e demais organizações da esquerda anti governista possam se somar de forma decisiva nas atividades e tarefas exigidas pela luta. Garantir e ampliar a autonomia do Bloco de Lutas diante de todos os governos e dos partidos que desejarem aparelhar o movimento tentando tornar este correia de transmissão de seus interesses particulares, minando assim o caráter primordial que este espaço deve ser: juntar o campo popular e de esquerda e conquistar a revogação do aumento, indo além na conquista de um novo modelo de transporte para a cidade.
Cabe ainda à militância combativa via instâncias do Bloco ampliar o dialogo e o trabalho de base junto ao povo pobre da periferia, estudantes e trabalhadores(as), fomentando o debate com os usuários e trabalhadores(as) do transporte público. Até o momento a direção do SITRACOVERS (Sindicato dos Trabalhadores e Condutores Rodoviários de SM e Região) que é a entidade que deveria combater os sanguessugas da patronal ainda não se postou contra estes. Também é lamentável a dubiedade e o entreguismo da diretoria da UAC (União das Associações Comunitárias) que apesar de não se posicionar favorável ao aumento na reunião do CMT teve a capacidade de se posicionar publicamente apoiando a privatização do HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria) no fim do ano passado. Certamente não se poderá contar com este tipo de entidade.
Levar a cabo sem vacilações uma linha combativa, organizada e de luta permanente.
Faz-se urgente o estabelecimento de vínculos classistas com a base dos trabalhadores rodoviários para acabar com o falso conflito de interesses existente entre estes e os usuários que é usado com sagacidade pela patronal e a prefeitura para que estes não se postem nas fileiras que combatem a sede de lucro dos empresários. Também é necessário o fomento de espaços de debate sobre o assunto com os usuários nos locais de estudo e moradia. Tudo isso para levar a cabo sem vacilações uma linha clara, combativa, organizada e de luta permanente que com métodos de ação direta e organização popular que revoguem o aumento da tarifa e fustiguem os inimigos de classe, pelegos, patrões e suas autoridades e abra, com exercício de Poder Popular, o caminho para um novo modelo de transporte 100% público e sob controle dos trabalhadores.
Fortalecer uma costura solidária com o Bloco de Porto Alegre e através do apoio mútuo ir desencadeando ações articuladas, pois por parte da patronal, seu Estado e sua mídia isso ocorre há muito tempo. Exercitar enquanto Bloco de Lutas solidariedade entre as classes oprimidas para ir acumulando, catalisando e agregando forças para uma luta que não se encerrará com nenhum tipo de aventura eleitoreira e que vai muito além do transporte público. Somente assim poderemos ir construindo verdadeiramente Poder Popular com horizonte de ruptura com o modelo de dominação e exploração capitalista.
Protesto não é crime. Liberdade aos presos políticos.
Revogar o aumento pela força das ruas e com ação direta popular.
Por um modelo de transporte 100% público.
Passe livre já e os ricos que paguem a conta!
Não ta morto quem luta e quem peleia!!!
Federação Anarquista Gaúcha – Integrante da CAB.
Santa Maria, 21/02/2014
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