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Melissa Sepúlveda “Um dos desafios mais importantes é mostrarmo-nos como uma alternativa real”

category bolivia / peru / ecuador / chile | education | entrevista author Wednesday December 11, 2013 20:16author by José Antonio Gutiérrez D. Report this post to the editors

Tradução: Colectivo Libertário Évora

Melissa Sepúlveda, estudante de medicina de 22 anos, militante da Frente de Estudantes Libertários (FEL) e feminista libertária de “La Alzada”, foio eleitas, em meados de Novembro, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech) como candidata da lista “Lutar”, com 31,2% dos votos. Esta lista é a expressão de “um espaço de construção político e social que começa em finais de 2011 com a finalidade de fazer convergir diferentes projectos de base existentes na Universidade do Chile desenvolvidos por organizações e independentes de Esquerda com Intenção Revolucionária que apontam para o desenvolvimento de um projecto de Universidade e de educação ao serviço do conjunto social”, segundo explica o próprio programa. A FEL foi um animador e uma importante força dentro desta coligação ampla que não se articula apenas no momento das eleições estudantis, mas que trabalha nos espaços de construção e mobilização de forma permanente, desenvolvendo uima proposta de universidade dentro de um projecto de transformação social radical do Chile actual. [Castellano] [Italiano]
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Conversamos com Melissa para que nos explique a aposta que como porta-voz da Fech terá no período actual. Clara e concisa, dá.nos um resumo dos desafios que o movimento popular, o movimento estudantil e o movimento libertário têm em momentos em que, ante a crise do modelo, o grupo no poder sente o imperativo de reformar para ganhar em governabilidade. No fim da entrevista há um link para o programa com que “Lutar” ganhou a presidência da Federação.

1.Os meios de comunicação social puseram enfâse no facto de você ser a primeira presidenta anarquista da Fech em 91 anos. Como vê este desafio para o movimento libertário, em particular para a FEL, ainda para mais quando assume não só o cargo máximo de representação da federação estudantil mais importante, mas também de um dos movimentos sociais mais importantes do país?

Um dos desafios mais importantes neste momento é poder mostrarmo-nos como uma alternativa real, para além do marginal que é a esquerda revolucionária… que não tem existido senão como uma esquerda à esquerda do Partido Comunista. É um desafio importante para a FEL porque através da federação, que é uma das vozes mais importantes dos movimentos sociais a nível nacional, podemos traduzir a aposta política para este período numa linguagem compreensível para a população. Também procuramos desestigmatizar o anarquista e o libertário que os meios de comunicação reflectem constantemente para a opinião publica.

2. Como vê a articulação entre o movimento estudantil com outros movimentos sociais?

Bom, essa é a primeira aposta que temos em “Lutar”. O que se procura é dar uma volta à condução da Fech para conseguir a articulação com outros sectores sociais. Nós afirmamos que a educação não é apenas um problema dos estudantes, mas sim que é um problema da desigualdade existente no Chile, e essa distribuição desigual da riqueza tem reflexos no modelo educacional, no modelo de saúde, na realidade laboral. São faces distintas de um mesmo problema e por isso procuramos a unidade dos sectores que se mobilizaram contra este modelo, fundamentalmente com o sector sindical, tentando articular um bloco multissectorial.

3. Uma das palavras de ordem do movimento anarco-comunista no período de rearticulação, que foi também assumida pela FEL, é que a unidade do povo deve ser forjada a partir de baixo e da luta… Como é que interpreta esta palavra de ordem?

Como uma aposta pela multisectorialidade. Fomos claros em que as alianças entre os dirigentes dos estudantes com a CUT (Central Sindical chilena) ou com a União Portuária não são suficientes, que os trabalhadores de base, que os estudantes de base, são parte de um mesmo projecto histórico e que deve ser construída uma unidade solidária, cooperativa, entre trabalhadores e estudantes de base.

4. Não é um segredo para minguém que se vive uma escalada das lutas populares no Chile e que diferentes sectores elaboraram diferentes propostas para enfrentar a conjuntura, alguns falam de assembleia constituinte, outros de ruptura democrática, etc. Você fala em traduzir a aposta política deste período para uma linguagem acessível para o comum das pessoas, de forma a converte-se numa alternativa real. Em que consiste essa alternativa?

O que está mais claro é que o actual período está marcado pela irreformabilidade do modelo neoliberal chileno e pela instabilidade que estão a gerar ou que podem gerar os movimentos sociais. Bachelet (presidente chilena) tentará dar governabilidade ao país. Têm que fazer reformas, sabem que o fechamento institucional que tem existido no Chile desde a ditadura tem que acabar. Se essas reformas colocam os movimentos sociais num novo patamar para a luta de classes no Chile, isso depende dos movimentos sociais, não é Bachelet que o cederá gratuitamente, mas deve ser uma conquista do povo. Há certos pontos chave de não retorno para este novo cenário de luta que devemos ser capazes de determinar… há alguns que foram colocados pelos movimentos sociais desde 2005 para diante, como o sistema previdencial, um código laboral que permita a negociação colectiva, a reforma tributária, a educação, a redistribuição da riqueza mediante reformas na educação, reformas tributárias, a mesma capacidade de negociação colectiva… Sabemos que se precisa de uma nova constituição, mas há que discutir muito bem a proposta da Assembleia Constituinte, porque há que ver se isso é favorável ao movimento popular ou não. Bachelet tem legitimidade popular, isso é dito por todas as sondagens e assim é na verdade, mas ainda há muito medo devido à ditadura, medo a mudanças radicais e profundas… há que valorizar criticamente todas as propostas, porque todos estão de acordo em que o modelo necessita de mudanças.

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