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As caricaturas de dirigentes históricos

category brazil/guyana/suriname/fguiana | a esquerda | opinião / análise author Friday October 05, 2012 21:46author by Bruno Lima Rocha Report this post to the editors

O estudante José Dirceu durante manifestação na região central de São Paulo em 1968.
josedirceu.jpg

Quando o ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, o médico sanitarista Antônio Palocci consumou sua queda do cargo, escrevi nesta publicação um artigo onde caracterizava o próprio, assim como outros dirigentes históricos do mesmo partido, de grotescas caricaturas de si mesmos.

O mês de outubro retoma drama semelhante em cenário diferente. José Dirceu de Oliveira e Silva e José Genoino Guimarães Neto são militantes históricos da esquerda brasileira.

Ambos são réus no Supremo em função de um suposto esquema de compra de votos para formar maioria parlamentar e assim dar base de sustentação a um governo de centro-esquerda, cujo presidente é um líder carismático com ampla aprovação popular.

Ou seja, embora fosse mais difícil, seria perfeitamente possível governar por outra via, não se aliando com as oligarquias de sempre. Dirceu, Genoino e Lula tinham trajetórias respeitáveis, e transformaram suas reputações em capital político a favor da coalizão.

Minha tese é relativamente simples e a crítica está mais à esquerda do que o senso comum. Entendo que a política, realizada em defesa dos interesses das maiorias, é executada sobre uma delicada equação. Esta tende a equilibrar realizações viáveis e um projeto de acumulação de forças, onde o poder se constrói sobre identidade ideológica, pontos de doutrina, objetivos programáticos e movimentos táticos.

Quando um partido começa a abrir mão deste equilíbrio, caímos no vale tudo típico das carreiras políticas tupiniquins. Quando no ano passado caracterizei estes dirigentes históricos como caricaturas do que teriam sido, tomei-os como espelho de toda uma geração militante.

Podemos até conjecturar que o suposto Mensalão nunca existiu (o que duvido), mas não se pode negar o modus operandi da tal da governabilidade. Este foi (e é feito) ao estilo do impagável Severino Cavalcanti (PP-PE).

Como analista, não é possível retirar as responsabilidades de José Genoíno, José Dirceu, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e demais correligionários como líderes políticos e dirigentes partidários. Tampouco é correto demonizar apenas estes operadores. Eles não agiam sozinhos e eram (e são) legítimos dirigentes do maior partido de “esquerda” da América Latina.

É triste admitir, mas o preço do pragmatismo político foi tornarem-se caricaturas de seu passado heróico. Ex-guerrilheiros hoje assemelham seu comportamento com o pior da política brasileira: são réus em casos de corrupção, sendo parecidos com os arenistas de sempre. E para quê?

Bruno Lima Rocha

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O ELAOPA (Encontro Latino-Americano de Organizações Populares Autônomas) reúne, anualmente, organizações sociais pautadas na luta de classes e na identidade dos povos originais da América Latina, a partir dos seguintes princípios: democracia de base, solidariedade de classe, luta popular e autonomia dos oprimidos e dos povos originários. Autonomia em relação aos partidos políticos, ao Estado e seus governos, às ONGs, às empresas, e a todos aqueles que querem oprimir. O ELAOPA proporciona o espaço para o debate visando a convergência de ações políticas no intuito de criar o Poder Popular.

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Ao longo das últimas duas semanas venho promovendo na coluna que produzo para algumas emissoras livres e comunitárias um debate direto e tranquilo. Trata-se de aderir ou não (fisicamente) aos atos antifascistas e antirracistas. Também abordo o tema da unidade possível e do leque de alianças desejável. Não me refiro em momento algum a quem está preocupado com a pandemia e como todas e todos nós, entendemos que a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o isolamento social está correta. Se a preocupação maior for a de evitar a propagação do contágio por aglomeração e contato físico, não há sombra de dúvida que é uma posição sólida e honesta intelectualmente. Tampouco na crítica, jamais me refiro a individualidades e sempre a lideranças consolidadas, com cargos eletivos ou postos de direção em partidos e movimentos. Também fica a crítica para as celebridades e subcelebridades, acadêmicas, artísticas ou esportivas que, sem compromisso político, aproveitam momentos de organização social para se promover.

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