Estas últimas semanas, os sinais da cólera dos povos europeus multiplicam-se: greve geral em Portugal, manifestações de amplitude histórica na Irlanda, movimento estudantil em Inglaterra, e - esperemo-lo- o arranque de um movimento de longo fôlego após a mobilização em torno das pensões de reforma, em França. [Français] [English] [Castellano] [Italiano] [Català]
O caso da Irlanada é emblemático: abaixamento das prestações sociais, despedimento dos efectivos da função pública e cortes nos salários dos funcionários; aplicação do imposto sobre o rendimento aos que estavam isentos (os mais modestos). Mas o governo não irá tocar no imposto sobre as sociedades, apesar deste ser um dos mais baixos da Europa. O povo irlandês não dobra a espinha e dezenas de milhares de manifestantes ocuparam a rua na semana passada.
Em Inglaterra e na Irlanda, as propinas nas universidades explodem, acentuando ainda mais a selecção pelo dinheiro à entrada do ensino superior. Também aqui, os estudantes responderam por um movimento de protesto particularmente combativo. Na Itália, igualmente, os estudantes mobilizam-se contra uma nova lei que transforma a Universidade em escrava da lógica capitalista.
Não sejamos ingénuos: se a União Europeia e o FMI impõem estas medidas de austeridade, não é por necessidade económica, visto que estes planos vão fazer mergulhar um pouco mais os países na recessão; é porque eles vêm nesta crise uma ocasião histórica de varrer os magros direitos sociais que nos restam.
Perante isto, devemos responder pelo combate e pela solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras dos países atingidos. Frente a estes ataques, o internacionalismo é mais necessário do que nunca: precisamos de um moviomento social europeu.
Alternative libertaire afirma a sua solidariedade com os povos em luta contra os planos de austeridade e a barbárie capitalista.