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Fundação da FASP (Organização Anarquista Socialismo Libertário - OASL)

category brazil/guyana/suriname/fguiana | movimento anarquista | feature author Thursday November 26, 2009 22:51author by Federação Anarquista de São Paulo - FASP Report this post to the editors

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Federação Anarquista de São Paulo

Foi fundada em 18 de novembro de 2009 a Federação Anarquista de São Paulo (FASP)!

Funcionando como Pró-FASP desde o início de 2008, a organização foi formalmente fundada em um evento ocorrido no último final de semana que reuniu a militância da própria FASP, além de delegados da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ).

No evento de fundação, foi lido um Manifesto de Fundação, apresentado um vídeo, em que os militantes relataram a teoria e a prática deste um ano de atividades, a leitura das declarações de solidariedade das organizações: FARJ, Organização Resistência Libertária (ORL), Federação Anarquista Uruguaia (FAU), Federação Anarquista Gaúcha (FAG) e Rusga Libertária, além de mensagens de individualidades.

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Em março de 2011, a FASP mudou de nome para Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL)


FUNDAÇÃO DA FEDERAÇÃO ANARQUISTA DE SÃO PAULO (FASP)

* A FASP trocou de nome em março de 2001 para Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL)


Foi fundada em 18 de novembro de 2009 a Federação Anarquista de São Paulo (FASP)!

Funcionando como Pró-FASP desde o início de 2008, a organização foi formalmente fundada em um evento ocorrido no último final de semana que reuniu a militância da própria FASP, além de delegados da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ).

No evento de fundação, foi lido um Manifesto de Fundação, apresentado um vídeo, em que os militantes relataram a teoria e a prática deste um ano de atividades, a leitura das declarações de solidariedade das organizações: FARJ, Organização Resistência Libertária (ORL), Federação Anarquista Uruguaia (FAU), Federação Anarquista Gaúcha (FAG) e Rusga Libertária, além de mensagens de individualidades.

Houve presença de militantes do Ativismo ABC e do Ay Carmela, espaço onde foi realizado o evento de fundação.

Na seqüência, companheiros e companheiras intervieram falando sobre a fundação, congratulando a recém fundada organização e seus militantes. Houve no final uma confraternização com comes e bebes.

Enfim, fechamos este breve relato com a parte final do Manifesto da FASP, que assim colocou:

“Entoamos as consignas de outras organizações para declarar fundada, neste momento, a Federação Anarquista de São Paulo!

Ética, compromisso, liberdade!
Não tá morto quem peleia!
Arriba los que luchan!

Viva o anarquismo!
Viva a FASP!”

Veja mais em www.anarquismosp.org



MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DA FEDERAÇÃO ANARQUISTA DE SÃO PAULO (FASP)

Companheiros e companheiras,

depois de pouco mais de um ano do chamado para a constituição de uma organização anarquista especifista em São Paulo, nos reunimos hoje para finalizar esta etapa da Pró-Federação Anarquista de São Paulo. Há exatos 20 meses, alguns companheiros, motivados pelas experiências do anarquismo organizado no Brasil e identificando a necessidade de uma atuação organizada dos anarquistas nos movimentos populares, decidiram iniciar as discussões para formar uma organização específica anarquista. Estas discussões culminaram no I Encontro Pró-FASP, realizado em julho de 2008, e no II Encontro Pró-FASP, ocorrido em julho de 2009, que tiveram ampla participação, mostrando o interesse pela proposta.

Neste período, constituímos um núcleo de militantes e um grupo de apoio que se reuniram periodicamente e, em pouco tempo, se engajaram nos trabalhos práticos, aproveitando o que já vinha sendo realizado por militantes individualmente. Hoje, a Pró-FASP divide-se, para o trabalho social, em duas frentes: uma camponesa e indígena, que realiza atividades com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e com o movimento indígena, e outra, comunitária, que realiza atividades com o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR). Internamente, temos realizado relações com individualidades e outras organizações, além de atividades de formação política. Após incansáveis horas de reuniões e realizações de atividades, nos sentimos preparados para dar mais este passo rumo à próxima etapa: a fundação de nossa organização.

A FASP coloca-se dentro de uma tradição que sempre foi majoritária no campo libertário que é a do “anarquismo social” ou do “anarquismo de massas”, responsável por impulsionar fenômenos de grande importância como o sindicalismo revolucionário. No entanto, ainda que sustentemos a necessidade do anarquismo desenvolver-se nos movimentos populares – o que alguns chamaram “vetores sociais do anarquismo” – defendemos que para isso é fundamental a organização específica anarquista, posição esta que nem sempre foi majoritária. Esta posição foi defendida, historicamente, desde o surgimento do anarquismo, por Bakunin (Aliança da Democracia Socialista), Malatesta, e mesmo Kropotkin em determinados momentos, passando pelos anarco-comunistas russos do Dielo Truda e pelos búlgaros da Federação dos Anarco-Comunistas Búlgaros (FAKB). Na América Latina há experiências importantes como a Junta do Partido Liberal Mexicano, a Federação Anarquista Uruguaia e a Resistência Libertária, da Argentina.

No Brasil essa tradição de massas do anarquismo social se faz presente há mais de 100 anos, e foi responsável pelas mobilizações sindicais que tiveram muita relevância no início do século XX. Foi ela que organizou a classe trabalhadora brasileira que ingressou na luta por conquistas como a jornada de oito horas de trabalho. Nos inspiram acontecimentos como a Greve de 1917, que contou com participação significativa dos anarquistas. No campo da organização específica anarquista, houve grupos que tentaram organizar a militância, mas sem grande sucesso, visto que naquele momento, o anarquismo no Brasil, da mesma forma como em outros lugares do mundo, estava hegemonizado pelas concepções sindicalistas, que não julgavam importante a constituição de organizações anarquistas para o trabalho nos sindicatos. São exemplos de organização deste tipo, o primeiro Partido Comunista Brasileiro (1919), a Aliança Anarquista do Rio de Janeiro e grupos de São Paulo que se constituíram em torno dos periódicos desta época, que sustentavam os níveis diferenciados de atuação – da organização anarquista e dos movimentos populares, o que outros chamam de “dualismo organizacional”.

O anarquismo esteve em evidência e foi fundamental na luta de classes do Brasil até a década de 1930 quando, por uma série de fatores externos e internos, perdeu espaço nos sindicatos e não conseguiu encontrar novos espaços de atuação em meio a outras lutas que se deram nas décadas posteriores. Esta conjuntura resultou no surgimento de centros culturais, ateneus libertários e grupos de anarquistas que, se por um lado significavam o afastamento dos anarquistas do campo da luta de classes, por outro tiveram a importância de manter acesa a chama do ideal anarquista e permitir que ele sobrevivesse até os fins da ditadura militar.

A abertura política dos anos 1980 foi importante para a reinauguração do Centro de Cultura Social de São Paulo (CCS-SP), um destes centros, fundado ainda em 1933. A rearticulação do CCS-SP e a mobilização que ele conseguiu para suas atividades teve significativa importância para o ressurgir do anarquismo em São Paulo, no momento pós-ditadura. As palestras e debates sobre diversos temas motivaram ampla participação e uma tentativa de atividade sindical desenvolveu-se, visando reavivar a Confederação Operária Brasileira. Aqui prestamos a devida homenagem ao CCS-SP, que foi fundamental, nos anos 1990 e início dos 2000, para a formação dos militantes que iniciaram a proposta da FASP. Nosso contato com seus militantes mais velhos como Jaime Cubero (in memoriam), Antônio Martinez (in memoriam) e José Carlos Morel foram muito importantes para nossa formação. Junto com eles, também nos fizeram conhecer e nos aprofundar no ideal anarquista, as publicações da editora Novos Tempos / Imaginário feitas por Plínio A. Coêlho.

O desenvolvimento do anarquismo nos anos 1990 e início dos 2000 nos ensinou muito. Tivemos contatos com experiências como a Federação Anarquista Gaúcha, a Federação Anarquista do Rio de Janeiro e outras iniciativas que derivaram do processo da Construção Anarquista Brasileira aqui em São Paulo. Ao mesmo tempo, nestes anos, alguns de nós realizaram militância nos movimentos populares, fundamentalmente nas mobilizações comunitárias na periferia, em movimentos de sem-terra, sem-teto, entre outros. Além disso, participamos do “movimento de resistência global” e de diversas manifestações e enfrentamentos de rua, ocupações e outras formas de ação direta.

Este acúmulo entre o que houve de positivo e de negativo destas experiências, ainda que seja modesto, nos fez estar certos de algumas coisas:

* Os movimentos populares que organizam, por suas necessidades, as classes exploradas que sofrem os efeitos da luta de classes nos parecem os únicos meios para operar uma transformação revolucionária da sociedade visando à construção do socialismo.

* Assim, nossos esforços devem buscar construir e participar destes movimentos.

* Neste processo de construção e participação, estar nos movimentos individualmente e desorganizados não é suficiente. É fundamental que estejamos lá com um projeto programático e com a devida organização.

* Devemos nos preocupar com a relação entre a organização anarquista e os movimentos populares para não incorrermos em conhecidos equívocos: nem estar atrás dos movimentos, “a reboque” deles, nem à frente, querendo exercer função de partido de vanguarda.

* Para isso, não é suficiente a auto-identificação como anarquista, mas a identificação com um projeto determinado. Precisamos de um modelo de organização que dê conta dos objetivos que nos propomos a atingir.

* Estas premissas apontam para a necessidade de criarmos uma organização específica anarquista que, com unidades no campo da teoria e da prática, poderá agrupar militantes responsáveis, que trabalhem com estratégia, dando a devida coesão ao nosso trabalho.


Portanto, é isso o que pretendemos realizar hoje aqui. Humildemente, plantar mais uma semente do anarquismo em nosso solo latino e trabalhar com determinação para que ela germine e dê frutos promissores. Aproveitar as lições aprendidas no passado para trabalhar na construção do futuro. E, por meio do exemplo, conseguir novos e renovados militantes para nossa causa.

Esta data escolhida para nossa fundação alude a um momento-chave na história do anarquismo no Brasil. Em 18 de novembro de 1918 os anarquistas realizaram uma insurreição no Rio de Janeiro com o objetivo de criar o primeiro soviete no país. Apesar de frustrada, a experiência nos inspira por representar um momento histórico do anarquismo no seio do movimento popular, com muita combatividade na luta pela revolução social.

Finalmente, entoamos as consignas de outras organizações para declarar fundada, neste momento, a Federação Anarquista de São Paulo!

Ética, compromisso, liberdade!
Não tá morto quem peleia!
Arriba los que luchan!

Viva o anarquismo!
Viva a FASP!

Federação Anarquista de São Paulo (FASP)
18 de novembro de 2009
www.anarquismosp.org




Declaração de Solidariedade da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ)

Saudação à Federação Anarquista de São Paulo

Nesse 18 de novembro, a Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ) não apenas se recorda dos 91 anos da Insurreição Anarquista de 1918, ou dos 8 anos de fundação da Biblioteca Social Fábio Luz. Nesse dia 18 de novembro de 2009, a FARJ comemora com alegria a fundação da Federação Anarquista de São Paulo (FASP).

A data escolhida não poderia ser mais simbólica para representar (e por que não dizer selar) essa união histórica entre os anarquistas do Rio e de São Paulo, que atravessou todo o século passado. Vivemos, nessas muitas décadas, tempos de luta, resistência, vitórias e derrotas. Mas estivemos juntos e solidários enfrentando a repressão da Primeira República e da ditadura do Estado Novo. No ressurgir do pós-guerra, “juntamos os cacos” e resistimos aos tempos de hegemonia stalinista ao redor dos nossos jornais Ação Direta e A Plebe. Nova ditadura vem, e Ideal, Jaime, Martins e outros companheiros mantiveram a chama acessa através do Projeção. Nos anos 80, a refundação do velho CCS-SP inspirou os companheiros cariocas a fundar o Círculo de Estudos Libertários (CEL), que serviu nos anos 90 para o ressurgimento do Anarquismo Social no Rio de Janeiro.

A FASP e a FARJ irmãs, unidas de várias formas, trilhando caminhos comuns, são a renovação de uma longa história, que continuará a ser construída desde já.

Longa vida à FASP!
Viva o 18 de novembro!
Viva a Federação Anarquista de São Paulo e do Rio de Janeiro!
Ética, Compromisso, Liberdade!

FARJ

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2009

***


Declaração de Solidariedade da Organização Resistência Libertária (ORL)

Carta de Saudação à Federação Anarquista de São Paulo

Companheiros e companheiras da Federação Anarquista de São Paulo,

É com muita estima que escrevemos neste momento. Saudamos a todas e todos pela criação da Federação Anarquista de São Paulo, importante iniciativa de luta buscada já há algum tempo e agora concretizada.

Para nós, além de uma importância para a luta no âmbito local, a fundação da FASP possui uma importância em nível nacional, pois amplia o leque de atuação e de articulações entre os que estão imbricados não somente por uma ideologia comum, mas por um modelo específico de atuação dos anarquistas junto aos movimentos sociais e por um real compromisso militante com todos os explorados.

O estado de São Paulo tem um longo histórico de lutas, que sabemos remontar ao final do século XIX. Ao longo do último século foram muitas as iniciativas libertárias neste estado visando à formação de uma cultura militante e de um espírito de luta e rebeldia por meio da propaganda, da educação, de greves e mobilizações múltiplas, por meio de organizações anarquistas, de associações e sindicatos revolucionários.

Toda essa história nos lega uma tradição importante no campo das lutas sociais neste país e é nosso dever dar continuidade a essa tradição, fazendo com que a ideologia anarquista permaneça no seio das classes populares e a serviço da Revolução Social. Para nós, vossa federação representa esse anseio de retomada do anarquismo organizado e social no estado de São Paulo.

A FASP surge num momento importante na conjuntura do anarquismo brasileiro. Estamos em claro momento de avanço do anarquismo especifista no país. O surgimento de novas organizações, dentre as quais a nossa Organização, aliado ao importante trabalho das que já existem, vem colaborando para o fortalecimento do anarquismo social em âmbito nacional.

Temos a confiança de que vossa Federação será uma referência importante na luta anarquista em São Paulo, aglutinando companheiras e companheiros comprometidos com um projeto militante, ético e responsável, com claras diferenças em relação ao espontaneísmo individualista presente em nosso meio há tanto anos e à postura vanguardista característica de um recém intitulado “bakuninismo”.

Sabemos que existe um longo caminho pela frente e que a obra colossal a qual nos dispomos exige esforços igualmente colossais. Saudamos a fundação da FASP por que hoje ela significa mais um passo decidido dos que sabem que o anarquismo é um caminho que se trilha ao lado dos de baixo e que é lutando por uma grande causa que se pode dar provas da própria grandeza.

Viva a Federação Anarquista de São Paulo!
Pelo Anarquismo Organizado!
Viva a Revolução Social!

ORGANIZAÇÃO RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA

Fortaleza/CE - 17/11/2009

***


Declaração de Solidariedade da Federação Anarquista Uruguaia (FAU)


Saúde!

Companheiros da Federação Anarquista de São Paulo.

Queremos, do Uruguai, enviar-lhes uma fraterna saudação por ocasião da fundação da Federação Anarquista de São Paulo.

Sabemos do processo que levou a este bom dia. Bom dia, porque a América conta com uma nova organização do anarquismo especifista, do anarquismo de intenção revolucionária. Sabemos da necessidade de organizar aqueles que perseguem a liberdade como ideal; aqueles que vivem a realidade dos pobres e dos oprimidos deste mundo.

Somos homens e mulheres livres, antes de tudo, sem vanguardismos, sem mandatos divinos. Somos ação e pensamento em nossa ideologia, sabemos das dificuldades deste mundo enfermo, e antes de tudo e sobretudo, preferimos nos organizar, colocando uma pedra no caminho desta macabra arquitetura de poder: uma organização anarquista.

Nos alegramos e assumimos o vínculo e a solidariedade correspondentes. Mas sabendo da pressão a que o anarquismo está submetido na América, diante da flagrante perseguição política contra nossa ideologia no Brasil, concretamente em Porto Alegre. A realidade à que está sendo submetida nossa organização irmã, a FAG, é inaceitável. Tomamos como uma própria ofensa esta violência e estamos convencidos que ela não pode passar em branco.

O motivo das acusações a nossos companheiros de Porto Alegre é o mesmo, mas já explícito, pelo qual se vem perseguindo o anarquismo durante a história e em todos os tempos. Sabemos que criticar e lutar contra este sistema infame significa o que esta situação nos mostra.

É por isso, e mais além do contexto específico, que saudamos a fundação da FASP.

Queremos desejar-lhes as maiores vitórias, que se materializem os desejos, isso que imaginamos como revolução, este novo mundo que levamos em nossos corações.

Com grande alegria os saudamos.

Porque para os pobres do mudo todos os tempos são de luta.

Pela utopia, pela liberdade.

Arriba La FASP!

Arriba los que luchan!

Federação Anarquista Uruguaia


***


Declaração de Solidariedade da Federação Anarquista Gaúcha (FAG)

Aos companheiros da FASP

É com muita satisfação que nós, anarquistas organizados na FAG, saudamos a fundação da Federação Anarquista de São Paulo. O anarquismo durante muitos anos esteve ausente da vida de nosso povo, e cabe a nós a tarefa de apontar o anarquismo como uma alternativa e uma ferramenta de luta das classes oprimidas de nosso país.

Enquanto FAG nos colocamos ao lado dos companheiros da FASP nessa tarefa, cientes de que a transformação social em nosso continente só será libertária se existirmos enquanto anarquistas organizados e inseridos socialmente. Por isso a existência de uma organização anarquista com estas intenções em um estado com uma população como a de São Paulo é fundamental para construção de uma alternativa libertária de caráter nacional, que respeite e entenda as especificidades regionais desse país.

Infelizmente não poderemos estar presentes nesse momento tão importante para os companheiros, mas queremos que saibam que não mediremos esforços para exercitar a solidariedade anarquista aos companheiros.

Vida longa a FASP!

Saúde e Anaquia

Desde o Sul do Brasil.

FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA


***


Declaração de Solidariedade da Rusga Libertária

Vida Longa à Federação Anarquista de São Paulo

A Rusga Libertária recebe com grande entusiasmo a notícia de que hoje as/os companheiras e companheiros estão se reunindo para marcar a fundação oficial da Federação Anarquista de São Paulo (FASP).

Infelizmente a distância e outros problemas do dia a dia, nos impedem de compartilhar este importante momento.

O trabalho para se forjar uma organização anarquista é árduo, um caminho espinhoso onde teremos mais dificuldades do que possamos imaginar. Exige, antes de tudo, uma permanente análise da nossa sociedade (suas transformações, inconstâncias, debilidades, fortalezas, etc.) assim como um tenaz empenho para marcar nossa presença em todos os espaços onde o povo esteja, de forma a estimular sua luta e organização, único caminho possível para se forjar um povo forte. Sem um povo forte, capaz de se organizar sem a intermediação de políticos profissionais, confiante em sua força jamais teremos possibilidades de transformações profundas.

Este caminho, temos certeza, não se decreta, se constrói todos os dias, com os muitos tropeços e avanços que iremos experimentando em nossa caminhada. Nossa permanente análise sobre os caminhos traçados, com a devida modéstia de saber identificar erros é portanto de fundamental importância.

Estamos confiantes de que os companheiros que hoje fundam a FASP estão dispostos a enfrentar estes desafios com a firmeza de nossas idéias e a inspiração de nossa História. Hoje, se marca mais um passo na justiça histórica que nós, anarquistas temos responsabilidade em realizar. Trata-se da tarefa de recolocar o anarquismo presente nas lutas de classes, resgatar seu legado histórico.

É portanto com muita felicidade que enviamos nossos votos de solidariedade aos/as companheiros e companheiras que hoje fundam a FASP, escrevendo mais uma importante página para o resgate do anarquismo em nossas terras.

Um solidário abraço,
Rusga Libertária/FAO – Cuiabá, 18 de Novembro de 2009

***


Carta Aos Companheiros De Luta da Federação Anarquista de São Paulo

Salud a todos os companheiros e companheiras de luta e ideal. Após cerca de um ano de militância, vontade e muita esperança, é com fé em nossa prática que finalmente concretizamos uma organização anarquista especifista em São Paulo. Chegou o momento de, definitivamente, sacarmos o “pró”, sempre em frente de nossa nomenclatura durante todo nossa breve trajetória, e constituirmo-nos como FASP. É um marco, um momento decisivo e bonito. Apesar de bonito, acarreta um aumento importante de responsabilidade, que precisamos estar cientes e sabermos manejar. A FASP é uma organização que se pauta se preocupa em estar junto com seus irmãos de luta, que se construiu apoiada em exemplos próximos e com parcimônia, sempre mirando o trabalho de base, focado em realocar o anarquismo no campo da esquerda ativa. Agora este horizonte se amplia e a relevância de nossa atuação também.

Infelizmente não posso estar presente na fundação. Me entristece muito pois estive ao lado de meus companheiros em praticamente toda essa caminhada e, justo neste momento de festa, de firmar o trabalho e olhar adiante com o peito cheio, não posso participar. Entretanto, em pouco tempo estarei de volta a FASP, com gás renovado para fazer acontecer todo nosso planejamento estratégico.
Deposito toda minha confiança nos companheiros da FASP que durante todos estes meses trilharam um bonito caminho. Caminho este que trouxe todos até aqui.

Que a FASP se mostre um pilar do anarquismo organizado no Brasil e comparta com todos os companheiros os frutos deste trabalho.

Um grande abraço a todos. Um salve a Federação Anarquista de São Paulo.

Junior Bellé

Declaração de Solidariedade da CNT 91 - França

Solidariedade com a FASP

É um prazer para nos celebrar a fundação da Federação Anarquista de São Paulo e desejar que continue a sua labor de desenvolvimento para outro futuro e outra sociedade sem exploração social e sem classes superiores privilegiadas brancas ou vermelhas.

Os sindicatos de CNT 91 (sul da região de Paris) educação 91 e Ofícios Vários 91 manifestam o seu apoio e a sua disponibilidade à FASP.

Saudações libertárias e anarco-sindicalistas 30 de outubro de 2009.

Eric Zafon, secretário da União departamental 91 e Frank Mintz, contatos com América do Sul

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author by Mendespublication date Fri Nov 27, 2009 02:07author address author phone Report this post to the editors

Olá, gostaria de saber onde se localizam os membros da antiga OSL/Resistência Popular no processo de construção da FASP, estão integrados a ele ou não? A própria OSL nem foi citada nos marcos organizativos existentes anteriormente a fundação da nova federação, parece que fizeram questão de não lembrá-la.

author by Felipe C.publication date Fri Nov 27, 2009 19:51author address author phone Report this post to the editors

Olá compa, não temos contato orgânico com membros da OSL, só alguns contatos pessoais mesmo. Três pessoas mais antigas começaram o processo da FASP, uma delas (que já não está mais) foi militante da OSL de 1997, outra teve algum contato com a RP e a OSL também nos anos 1990, mas depois disso não teve mais e eu tive contatos (ainda que poucos) no processo do LL/FAO aqui em SP, mas acabei me distanciando por razão dos problemas de 2003 envolvendo a FARJ. Dos novos militantes, nenhum teve contato com as organizações mais antigas.

Portanto, não tivemos muita relação com as experiências LL/RP/OSL. Os grupos, as organizações e as pessoas que mencionamos são aquelas com as quais tivemos mais contato (e portanto que mais nos influenciaram) ou experiências que observamos com mais atenção, o que não foi o caso de SP. Pensamos que mencionar estas organizações de SP poderia dar a entender que estamos querendo capitalizar em cima de uma coisa que não participamos e praticamente nem tivemos contato - e não achamos isso honesto.

Certamente, para o anarquismo especifista do Brasil, estas são referências relevantes. Estou trabalhando em um artigo em que trato da influência da FAU no anarquismo brasileiro dos anos 1990 e 2000 e estou dando um destaque significativo a estas experiências (cujas informações estou conseguindo com entrevistas e pesquisa). Elas foram a primeira geração do especifismo e nós somos a segunda, infelizmente com não muitos contatos entre as duas; o histórico é algo que estamos tentando retomar, para tentar não incorrer nos mesmos erros e para tentar repetir aquilo que deu certo.

author by Jon - ZACFpublication date Mon Nov 30, 2009 19:21author address author phone Report this post to the editors

Parabéns companheiras e companheiros! Desejo-lhe tudo de melhor na construção de sua nova organização e todo o sucesso nas lutas para vir!
Também espero para mais notícias e relatórios sobre suas atividades e desenvolvimento teórico.

Arriba los que luchan!

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