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Thursday June 04, 2009 23:53 by Bruno-FAG - FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA blimarocha at gmail dot com
los anarquistas que militan en la barriadas venezolanas Em janeiro de 2009 pude conhecer Caracas e seu distrito metropolitano. Afirmo que viajei a trabalho e sem nenhum vínculo ou despesas pagas por governo algum. É importante reafirmar a condição da viagem porque, infelizmente, a capital do país de Simón Rodríguez e Ezequiel Zamora, está servindo de lugar de romaria para uma esquerda latino-americana carente de referenciais e recursos. Não é o caso dos anarquistas especifistas politicamente organizados, onde modestamente me incluo. [Castellano] Os anarquistas bolivarianos da Venezuelalos anarquistas que militan en la barriadas venezolanas“!Oligarcas temblad, Viva La Libertad!” Em janeiro de 2009 pude conhecer Caracas e seu distrito metropolitano. Afirmo que viajei a trabalho e sem nenhum vínculo ou despesas pagas por governo algum. É importante reafirmar a condição da viagem porque, infelizmente, a capital do país de Simón Rodríguez e Ezequiel Zamora, está servindo de lugar de romaria para uma esquerda latino-americana carente de referenciais e recursos. Não é o caso dos anarquistas especifistas politicamente organizados, onde modestamente me incluo. Uma das razões de ir à Venezuela foi conhecer o pensamento e ação libertários dentro do movimento bolivariano. Os objetivos foram cumpridos. Fizemos contato com valorosos companheiros, isolados internacionalmente e caluniados por uma ala esquálida que se diz libertária. Existem militantes anarquistas, nucleados em um pequeno grupo que se alinha com o especifismo, mas ainda se portando como grupo de afinidade, chamado de Teseracto Bolivariano Anarquista Salom Mesa (Teseracto). Este grupo se relaciona com dois referentes, veteranos militantes que dedicaram suas vidas à causa ácrata, embora por vezes de forma muito heterodoxa. Falo especificamente de dois compas, Floreal Castilla e Maurício Torres. O primeiro começou no anarquismo ainda nos anos ’60, logo depois de se afastar do Movimento de Izquierda Revolucionaria (MIR-Venezuela), organização político-militar que pegou em armas nas montanhas do oeste. Já Maurício tem uma trajetória que inicia em 1983, sempre com muita dedicação. Torres foi expulso da escola de formação de professores e por quase vinte anos trabalhou de forma precarizada. Dentre várias atividades, tomou parte do levante cívico de 27 de novembro de 1992 (o de Hugo Chávez y Pancho Arias foi em 4 de fevereiro daquele ano), que tentou pela segunda vez depor o presidente corrupto Carlos Andrés Pérez. O vínculo dos militantes do Teseracto, além de companheiros soltos em movimentos bastante combativos, com estes dois referentes vivos, assegura a continuidade da ideologia no país. A partir do início dos anos ’80, o anarquismo venezuelano tenta pôr a cabeça para fora dos círculos de idéias e difusão, mas com intentos de inserção social e ação direta. Não faltaram erros, mas sobrou generosidade política. A falta de modelos organizativos pode ter levado a vários equívocos, mas nunca o pior erro que um libertário pode cometer: a omissão política. Após os dois levantes de 1992, a libertação dos insurretos em 1995 (incluindo o próprio Chávez, indultado pelo Congresso) e a eleição do tenente coronel pára-quedista, o país mudou. A radicalização política veio num crescente, tendo como auge, a tentativa de golpe midiático de abril de 2002. O morro desceu e a barriada não deixou a direita retomar o poder político. Nas ruas, de forma individual ou em pequenos grupos, estavam militantes hoje reconhecidos como anarquistas bolivarianos, levantando a bandeira negra e vermelha dentro das bases sociais mobilizadas. De comum os une uma definição de estar junto ao processo de câmbio, mas sem se alinhar como chavistas e nem ingressar na legenda oficial, o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV). O problema é expor essa posição sem consistir em uma alternativa política definida (como o especifismo) e com o ideal libertário contaminado pela desinformação. Construir esta alternativa política é a tarefa a qual todos temos de ajudar. O anarquismo de tipo de gorila se complica e confunde ao seu redorEm 1993, cai o presidente corrupto, e junto com ele, todo o sistema político instituído no Pacto de Punto Fijo (1958), onde Ação Democrática (AD, “adecos“), Copei (Democrata Cristão, “copeyanos”) e União Republicana Democrática (URD) se revezavam no poder. O acordão oligárquico e vende pátria fez com que a política na Venezuela fosse um jogo para poucos. Esse elitismo, também de corte intelectual, contaminou o comportamento de todas as esquerdas, incluindo suas alas extremas. O “anarquismo” não escapou desse mau.Seria leviano omitir a existência de uma ala libertária com maior visibilidade mundial, mas que no seu país, marcha ao lado da direita oligárquica, cumprindo muitas vezes um papel de tropa de choque dos políticos profissionais derrotados pelo populismo. Esta vergonha não é exclusividade de “anarquistas” desorientados ou manipulados por intelectuais com trajetória de “adecos”. Outros grupos, como Bandera Roja (marxista com tradição de luta, inserção e mártires), hoje joga na 5ª coluna e alinha com as legendas da direita. Infelizmente, nada disso é novidade na América Latina. A difícil tarefa de manter a independência política no contexto venezuelanoO que hoje ocorre na Venezuela, de uma parte do anarquismo se equivocar e considerar que o corte autoritário da liderança política impossibilita todo um processo de avançada popular - ainda em aberto - já se deu em outras conjunturas. O correto seria manter uma posição crítica, à esquerda do governo populista, e não alinhando com os golpistas financiados pela CIA. A organização Resistência Libertária da Argentina dos anos ‘70 e a extrema-esquerda chilena durante o governo Allende (MIR e MAPU, por exemplo) abriram um caminho onde se pode atuar de forma contundente sem ter posturas nem adesistas e nem anti-povo.O pensamento libertário está presente numa parte das bases bolivarianas, especialmente nos movimentos de cunho autogestionários – a chamada esquerda social. Transformar este conjunto de idéias em pensamento e ação políticos é trabalhar num terreno fértil. Embora o processo venezuelano seja marcado por uma liderança carismática, a crítica da democracia representativa habilita a compreensão de que os líderes políticos devem estar sob comando das bases e a serviço das causas coletivas. Dentro dessa lógica, identifiquei movimentos de luta onde os anarquistas têm espaço amplo para se inserirem, tais como: Anmcla, Misión Boves, Movimiento Campesino Ezequiel Zamora, nas esquerdas estudantis, em centenas de comunidades de base e no reconstituído movimento sindical. Se os compas venezuelanos trabalharem socialmente e tiverem afinco na construção política orgânica, em breve, as classes oprimidas da terra de Bolívar terão uma ferramenta de luta pelo socialismo e pela liberdade. Los contactos com os companheiros da Venezuela a quem citamos podem se dar através de Floreal no seguinte email: cntfai@cantv.net Observação: este artigo foi originalmente publicado na última edição do jornal Socialismo Libertário órgão oficial de difusão do Fórum do Anarquismo Organizado (FAO), instância de coordenação nacional a qual a FAG pertence (secretariafag at vermelhoenegro dot org). |
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Jump To Comment: 1 2 3 4 5«Seria leviano omitir a existência de uma ala libertária com maior visibilidade mundial, mas que no seu país, marcha ao lado da direita oligárquica, cumprindo muitas vezes um papel de tropa de choque dos políticos profissionais derrotados pelo populismo. Esta vergonha não é exclusividade de “anarquistas” desorientados ou manipulados por intelectuais com trajetória de “adecos”. »
Então: ou se é chavista ou se é reaccionário? QUE GRANDE ABSURDO! Não estou nada de acordo com esta visão!
Em momento algum foi afirmado em ser chavista, mas sim o fato de setores que se colocam no campo libertário hoje estarem compondo junto com a direito oligarquica do país não contra um governo, mas sim contra um processo de transformação social profundo, que esta muito além do governo.
A situação é complexa e delicada e esse tipo de conduta erronea não é exclusividade de organizações que se colocam no "campo libertário", outras organizações da esquerda, no caso a seção da LIT(morenista, da qual o PSTU é sua seção no Brasil) na Venezuela chegou ao cumulo de sair às ruas junto à direta contra a não renovação da concessão da RCTV. Diga-se de passagem, essa atidude progressiva contra um grande complexo de comunicação(comparável a rede Globo no Brasil) ligado a grandes transnacionais não foi de boa vontade do governo, mas sim resultado da pressão constante do movimento popular venezuelano, a qual estes anarquistas bolivarianos jogaram papel fundamental, para não dizer decisivo.
Quadro relativamente semelhante ao que ocorre na Venezuela hoje já se passou no Chile no inicio da década de 1970, quando um grande processo de mobilizações sociais no pais foi hegemonizado pela Unidad Popular (UP)em torno da figura do presidente Allende, o que não impediu que setores combativos desenvolvessem uma intervenção nesse processo de forma idependente do geverno e da UP, apontando que seus postulados só levavam a meras reformas e concessões que cedo ou tarde resultariam em uma vitória da direita fascinora, o que houve com o golpe de 1973. Acontece que estes companheiros disputavam essa linha de dentro do processo, não alheio a ele, isolado de um rico processo de lutas que na falta de um referencial revolucionário e libertário mais coeso acaba se "respaldando" em referenciais reformistas.
Situações como estas exigem antes de tudo maturidade de nossa parte, saber atuar de dentro de momentos complexos onde temos de disputar a hegemonia dos caminhos da luta sendo minoria, com todos os equivocos que estes companheiros venezuelanos possam ter cometido (e certamente os cometaram) estes estão a exercitar essa dificil tarefa na Venezuela: disputar um ascenso de lutas que mesmo abrindo brechas para nossa proposta econtra-nos em minoria.
Vale ressaltar também que estes companheiros são atacados por todos os meios. Entre o "campo libertário" são "os chavistas", já entre a ala reformista do movimento bolivariano são acusados de "esquerdistas" que fazem o jogo da direita e por ai vai...
O processo é basicamente o mesmo em toda a «revolução» anexada por um poder autoritário e ditatorial. Será necessário relembrar os anarquistas que aderiram ao bolchevismo e que acabaram por ser sacrificados antes e durante o consulado de Estaline? Será necessário invocar os anarquistas que se deixaram iludir durante a revolução espanhola, abacando por ser vilmente desapoiados e sacrificados e por fim, massacrados, perseguidos, etc pelos «aliados» estalinistas? E os anarquistas cubanos, que participaram na luta contra o ditador, para depois serem impiedosamente perseguidos por Fidel (grande amigo do Chavez)? Estar junto do povo não significa dar qualquer apoio ao ditador de turno!
Acho uma visão muito estranha e sectária essa de se considerar inimigos a secção venezuelana da AIT e o «El libertario», por mais erros que estes cometam; não cometem aquele que tu insinuas, o de se terem vendido à oligarquia... Pois é o que o artigo está hipocritamente a referir, sem chamar as coisas pelo nome!
Acho que é mais que tempo das pessoas abrirem os olhos e verem ao que leva uma visão super-ideologizada e sectária da realidade social.
Eu prefiro sempre um libertário/anarquista/anti-autoritário a qualquer «esquerdismo», o esquerdismo é apenas um extremar do marxismo-leninismo, com mais ou menos heterodoxia à mistura! Os anarquistas não são esquerdistas, porque não se propõem tomar o poder e exercê-lo como vanguarda iluminada em nome dos oprimidos. Os esquerdistas... sim!
Esta fue una respuesta sobre el mismo tema a los compañeros de la columna joaquìn penina:
Nuestra política debe ser franca y no puede confundirse con la de otras tendencias. La posición de algunos compañeros frente al movimiento bolivarino ha sido acrítica y esto es muy peligroso políticamente. La idea de Socialismo del Siglo XXI de Chávez se limita a la cogestión en algunas empresas, la empresa privada en otras y un apoyo a las cooperativas como rebusque popular. Sin negar la gran movilización popular que ha sucitado por sus políticas sociales (que dan respuesta hasta cierto punto a necesidades urgentes del pueblo como ser salud, educación, acceso a la vivienda y a los alimentos), toda esta movilización esta subordinada y controlada ferréamente por un aparato centralizado y jerárquico. No hay protagonismo popular. La creación del PSUV con manejos antidemocráticos (nombramiento desde arriba de todos los cargos), la subordinación de la UNT a esta, la imposición de la FBT dentro de la misma, en fin. Todos los acontecimientos recientes muestran esta dinámica. En ese sentido, los anarquistas debemos ser claros y críticos reivindicando y contraponiéndoles nuestras banderas históricas de socialismo de autogestión, de federalismo orgánico y promovineod la independencia política y la construcción de base en todos los ámbitos. Para esto deberemos trabajar con humildad pero con sinceridad junto a la base chavista, siendo minoría pero no acompañando todas y cada una de las proclamas, consignas, movilizaciones, acciones, etc. Que es díficil esta claro peor la línea seguida por los grupos que mencionan está lejísimos de ser está y apunta a la disolución del anarquismo en un sentido programático y a su presencia dentro del movimiento bolivariano, fundido a este, reducido a una cuestión de mera "identidad" casi cultural.
La experiencia del peronismo en Argentina debería ser ilustrativa en ese sentido (partido laborista y cipriano reyes en los 40, montoneros en los 70). No por rehuirle a posiciones liberales del tipo prédica desde la torre de marfil deben caer en estos errores. Más recientemente la vaguedad y conceptos desviacionistas del programa de AUCA explican por qué se disolvió y muchos de sus militantes más emblemáticos terminaron en el kirchnerismo (con la bandera del MUP y todo acompañando a la patota de atilra nacional en un ataque a una seccional disidente, en su propia ciudad).
Un saludo
Por lo que decìs no entraron al PSUV, bien, pero, què dicen de Chàvez? reivindicarse bolivarianos es muy confuso me parece, hay que ser claros.
Para leer textos anarquistas en lengua portuguesa donde se analiza y comenta la situación venezolana desde la perspectiva anarquista, ver http://www.nodo50.org/ellibertario/otherlanguages.html