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Tuesday December 02, 2008 00:17 by Federação Anarquista do Rio de Janeiro - FARJ
O surgimento do que chamamos “vetor social do anarquismo” se deu a partir da década de 1890, sendo este impulsionado por um crescimento da inserção social do anarquismo no meio sindical, que culminou na segunda década do século XX. ANARQUISMO SOCIAL E ORGANIZAÇÃOANARQUISMO NO BRASIL: PERDA E TENTATIVA DE RETOMADA DO VETOR SOCIALSomos combatentes de uma grande guerra.
O anarquismo surgiu no Brasil, ainda no século XIX, como elemento desestabilizador da ordem, com alguma influência sobre as revoltas da época – como foi o caso da Insurreição Praieira de 1848 –, sobre o meio artístico e cultural, e também com as experiências das colônias agrícolas e experimentais do final do século, sendo a Colônia Cecília (1890-1894) a mais conhecida destas experiências. Neste mesmo século há notícias de greves, jornais operários e das primeiras tentativas de organização de núcleos de resistência de trabalhadores. Esperavam os anarquistas que na ação concreta, na solidariedade, e na observação empírica das contradições entre capital e trabalho, evidenciada nos confrontos, estivesse a grande lição a ser apreendida pelos trabalhadores. Essa era a garantia, segundo eles, da aquisição de princípios ideológicos, não pela pregação retórica ou manuais, destituídos das experiências sensíveis, mas pela prática da ação cotidiana e revolucionária das massas.[14]A primeira década do século XX contou com mais de uma centena de movimentos grevistas, que atuavam, principalmente, em torno da questão salarial. Durante a conjuntura dos anos 1917 a 1920, só no eixo RJ-SP ocorreram mais de duas centenas de manifestações e paralisações. Toda esta conjuntura de mobilização contou com ampla influência dos anarquistas, que trataram de fazer a sua propaganda dentro dos sindicatos, não os circunscrevendo dentro da ideologia anarquista – os sindicatos eram de trabalhadores e não de trabalhadores anarquistas –, mas utilizando-o para a divulgação das suas idéias. Toda esta expectativa depositada na revolução social, que se tornava cada vez mais real desde meados da década de 1910, culminou em três relevantes mobilizações. Primeiramente, em 1917, naquela que ficou conhecida como a Greve Geral de 1917, quando os trabalhadores de São Paulo, em grande medida organizados em torno do Comitê de Defesa Proletária, lutaram contra a carestia, realizando sabotagens e boicotando produtos das indústrias Crespi, Matarazzo e Gamba. Entre as vitórias do movimento grevista, estão a jornada de oito horas de trabalho e aumentos salariais conquistados por setores do movimento. No ano de 1918 continuaram as mobilizações e, no Rio de Janeiro, ocorreu a Insurreição Anarquista. Com greves acontecendo nas fábricas cariocas e o Campo de São Cristóvão ocupado pelos trabalhadores, os insurgentes queriam a tomada dos prédios do governo e o estabelecimento na cidade do primeiro soviete do Rio de Janeiro. Finalmente, em 1919, a União dos Operários em Construção Civil (UOCC) conseguiu o maior ganho de todos, conquistando as oito horas diárias de trabalho para toda a categoria. Além disso, fora de Rio de Janeiro e São Paulo, ocorreram significativas mobilizações em outros estados do Brasil: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Bahia, Ceará, Pará e Amazonas. Havia ainda um grande movimento cultural que trabalhava junto com as mobilizações sindicais e que tinha muita importância: escolas racionalistas inspiradas nos princípios de Ferrer y Guardia, centros sociais, teatro operário e outras iniciativas que foram fundamentais para forjar uma cultura de classe, objeto de união nos momentos de luta. Houve, nesta conjuntura ascendente de luta, a formação de duas organizações políticas e ideologicamente anarquistas, que visavam trabalhar com o movimento sindical. A primeira delas foi a Aliança Anarquista do Rio de Janeiro, fundada em 1918 pela necessidade de uma organização anarquista para a atuação dentro do sindicalismo, e que foi importante para a Insurreição de 1918. No entanto, com a repressão ocorrida, a Aliança foi desarticulada, voltando a se organizar no primeiro Partido Comunista, de inspiração libertária, fundado em 1919. Tanto a Aliança Anarquista, como o Partido Comunista, agrupavam membros de um setor do anarquismo, que se chamou “organizacionista” e que entendia necessária a distinção dos níveis de atuação – o nível político, ideologicamente anarquista, e o nível social, das mobilizações sindicais. Estes militantes entendiam como necessária a existência de organizações específicas anarquistas, para atuação junto ao sindicalismo. É importante destacarmos que já havia, neste momento, uma preocupação de anarquistas com a sua organização específica. Podemos dizer que o vetor social do anarquismo esteve em uma curva ascendente até o início dos anos 1920, quando a crise do anarquismo, paralela a do próprio sindicalismo, começou a se desenvolver, culminando na década de 1930 na sua desmobilização e na perda deste vetor social. Para nós, a perda do vetor social do anarquismo é fruto de dois contextos de crise: um de conjuntura e outro do próprio anarquismo. O contexto da conjuntura foi marcado, em primeiro lugar, pela repressão, tanto ao sindicalismo, quanto ao anarquismo, o que se pode comprovar com a terceira reformulação da lei Adolfo Gordo, de 1921, que previa a repressão e deportação dos anarquistas, além das deportações de militantes para a colônia penal de Clevelândia, situada no atual estado do Amapá, entre 1924 e 1926. Além disso, havia também um refluxo das lutas sociais em todo o mundo e uma frustração com o resultado das lutas que vieram depois da Revolução Russa de 1917. Foi significativo ainda o fim da Primeira Guerra e a recuperação das fábricas européias, que voltaram a exportar (inclusive para o Brasil) diminuindo o contingente operário nas cidades e o crescimento do Partido Comunista, fundado em 1922, que, a partir de 1924 começou a disputar mais fortemente as organizações sindicais e aliar-se aos reformistas, propondo a participação eleitoral como forma de expressão política. Finalmente, o atrelamento dos sindicatos ao Estado que foi sacramentado em 1930 e 1931 pelo governo Vargas, culminando em 1932, quando os sindicatos foram obrigados, por lei, a terem a aprovação governamental e a seguirem as regras de funcionamento determinadas pelo Estado. O contexto do anarquismo foi marcado, principalmente, pela confusão entre os níveis de atuação. Para muitos militantes, o sindicalismo, que era o vetor social, o meio de atuação que deveria conduzir a um fim – expressado pela revolução social e a constituição do socialismo libertário – terminou tornando-se o próprio fim. Este fenômeno já vinha sendo notado no anarquismo e foi tema de acirrado debate, já em 1907 no Congresso de Amsterdã, entre Malatesta e Monatte. Monatte, defensor do “sindicalismo puro”, enxergava grande semelhança entre sindicalismo e anarquismo e defendia que “o sindicalismo se basta a si mesmo”[15]. Malatesta, com uma posição diametralmente oposta, considerava o sindicalismo “um campo particularmente propício para a difusão da propaganda revolucionária e também como um ponto de contato entre os anarquistas e as massas”[16]. Desta forma, Malatesta sustentava a necessidade de dois níveis de atuação: um político anarquista, e outro social no âmbito do sindicato, que seria o meio de inserção. As posições de Malatesta e Monatte resumem as posições dos anarquistas brasileiros. De um lado, parte dos anarquistas defendia a necessidade da organização especificamente anarquista, que deveria buscar inserção social nos sindicatos. De outro, anarquistas que haviam entendido a militância nos sindicatos como sua única tarefa, e assim “esqueceram-se de formar grupos específicos capazes de dar sustentação à prática revolucionária”[17]. Nossa posição em relação aos acontecimentos sociais do início do século XX está alinhada com a posição de Malatesta, que foi retomada no Brasil por José Oiticica que, na época, atentou para o problema da falta de organizações específicas anarquistas. Em 1923 ele já alertava para o fato que os anarquistas vinham se dedicando completamente às atividades sindicais e renunciando as atividades ideológicas, confundindo o sindicalismo, que era o meio de inserção, com o fim que se queria chegar. Para ele, era fundamental a criação de “federações anárquicas fora dos sindicatos”[18], tais como a Aliança de 1918 e o Partido de 1919 que, apesar de serem grupos ou federações deste tipo, infelizmente, foram insuficientes para a tarefa que era necessário realizar. Para Oiticica, como já parcialmente nos referimos, era importante naquele momento envidar esforços na formação de grupos “fechados”, com um programa definido de ação e compromissos tacitamente assumidos pelos militantes[19]. A “centralização” das forças anárquicas, ainda segundo ele, na luta contra a burguesia, não podia ser confundida com a “descentralização” típica das organizações libertárias. Reclamava então duas medidas urgentes à eficiência da ação anarquista: “seleção dos militantes e concentração de forças”. E concluía: “só isso nos dará unidade de ação”.[20]Entendemos que a falta de organizações anarquistas que pudessem dar suporte à luta de classes, realizada de forma mais notável naquele momento nos sindicatos, foi também grande responsável pela perda do vetor social do anarquismo. Como as organizações ideológicas não estavam sedimentadas, o contexto de crise do sindicalismo terminou por se estender ao próprio anarquismo. Assim, uma crise do nível social condenou também o nível político, já que não havia grande diferenciação entre os dois naquele momento. Para nós, é normal que o nível social, representado naquele momento pelo sindicalismo, tenha fluxos e refluxos, momentos de ascendência e descendência, e a organização específica anarquista serve justamente para acumular os resultados das lutas e, algumas vezes, para buscar outros espaços de trabalho, outros espaços de inserção. O problema é que, sem organizações anarquistas, quando o nível social – ou algum setor dele – entra em crise, os anarquistas não são capazes de encontrar um outro espaço para a inserção social. Uma vez perdido o vetor social, e sem organizações específicas capazes de sustentar um embate ideológico de mais longa duração, não foi possível aos anarquistas encontrarem, de imediato, outro espaço de inserção. [...] O prestígio alcançado através da entrada nos sindicatos, muito provavelmente, fez crer que a potencialidade das associações de classe era inesgotável, mesmo superior a variações da conjuntura.[21]Assim, a crise no sindicalismo revolucionário tirou o vetor social dos anarquistas que passaram então a “se organizar em grupos de cultura e preservação de memória”[22]. * * *Ideal Peres nasceu em 1925 e iniciou sua militância naquele contexto de crise, quando o vetor social do anarquismo já havia sido perdido. Isso aconteceu em 1946, quando participou da Juventude Libertária do Rio de Janeiro; dos periódicos Ação Direta e Archote; da União dos Anarquistas do Rio de Janeiro; de Congressos Anarquistas que ocorreram no Brasil; e da União da Juventude Libertária Brasileira. Ideal Peres teve relevante participação no Centro de Estudos Professor José Oiticica (CEPJO), local de uma série de cursos e palestras, tendo como “pano de fundo” o anarquismo, e que foi fechado pela ditadura em 1969, quando Ideal foi preso por um mês no antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), primeiro na Base Aérea do Galeão e depois no quartel da Polícia do Exército na Rua Barão de Mesquita, centro de tortura da ditadura militar. Depois da prisão, Ideal organizou em sua casa, ainda na década de 1970, um grupo de estudos que tinha como objetivo aproximar jovens interessados no anarquismo para, entre outras coisas, colocá-los em contato com antigos militantes e estabelecer vínculos com outros anarquistas do Brasil. Esse grupo de estudos constituiria o germe do Círculo de Estudos Libertários (CEL), concebido por Ideal e sua companheira Esther Redes. O CEL funcionou no Rio de Janeiro de 1985 a 1995, tendo próximo (ou mesmo dentro) de si a formação de outros grupos como o Grupo Anarquista José Oiticica (GAJO), o Grupo Anarquista Ação Direta (GAAD), o Coletivo Anarquista Estudantil 9 de Julho (CAE-9), o grupo Mutirão; além de publicações como Libera...Amore Mio (fundado em 1991 e que existe até hoje), a revista Utopia (1988-1992) e o jornal Mutirão (1991). Além disso, o CEL promoveu eventos, campanhas e dezenas (senão centenas) de palestras e debates. Com a morte de Ideal Peres, em agosto de 1995, o CEL decidiu homenageá-lo modificando seu nome para Círculo de Estudos Libertários Ideal Peres (CELIP). O CELIP deu continuidade ao trabalho do CEL, sendo responsável por agregar a militância do Rio de Janeiro e prosseguir no aprimoramento teórico desta. Além disso, o CELIP seguiu com a publicação do Libera, fazendo por meio dele relações com grupos de todo o país e também do exterior. Trouxe importantes reflexões libertárias sobre assuntos que estavam em pauta no Brasil e no mundo daquela época e serviu para a divulgação de textos e notícias de diversos grupos do país. As palestras e debates continuaram agregando novos militantes, e as relações que alguns militantes tiveram com a Federação Anarquista Uruguaia (FAU) acabaram por influenciar significativamente o modelo de anarquismo que foi se desenvolvendo dentro do CELIP. Este foi co-organizador do Encontro Estadual de Estudantes Libertários do Rio de Janeiro (ENELIB), em 1999; participou do Encontro Internacional de Cultura Libertária, em Florianópolis 2000; e contribuiu com as atividades do Instituto de Cultura e Ação Libertária de São Paulo (ICAL). Também retomou a luta com a categoria dos petroleiros, reatando laços entre anarquistas e sindicalistas do ramo petrolífero – laços esses que datavam de 1992/1993, quando juntos ocuparam o Edifício Sede da Petrobrás (EDISE), na primeira ocupação de um prédio “público” depois da ditadura militar. Em 2001, esta luta dos anarquistas e petroleiros foi retomada, culminando, no ano de 2003, no acampamento de mais de 10 dias de anarquistas e petroleiros, que lutavam pela anistia dos companheiros demitidos politicamente. Além disso, o CELIP fez uma série de outras atividades. Em 2002 iniciamos um grupo de estudos para verificar a possibilidade de construção de uma organização anarquista no Rio de Janeiro e o resultado deste foi a fundação da FARJ em 30 de agosto de 2003. Para nós, há uma ligação direta entre a militância de Ideal Peres, a constituição do CEL, seu funcionamento, a mudança de nome para o CELIP, e a posterior fundação da FARJ. Quando falamos de busca do “vetor social do anarquismo”, fazemos necessariamente uma referência ao trabalho iniciado por Ideal Peres que, ainda na década de 1980, iniciou um trabalho com os movimentos sociais, com vistas a retirar o anarquismo no âmbito estritamente cultural ao qual vinha se reservando desde a crise dos anos 1930. Ainda na primeira metade da década de 1980, Ideal e Esther [Redes] adentram um movimento social, como fundadores e membros da Associação dos Moradores e Amigos do Leme (AMALEME). Na década de 1980, no Rio de Janeiro, surgia uma série de federações de associações de bairro, favelas e comunidades, e Ideal participou da AMALEME, tentando influenciá-la a utilizar práticas autogestionárias e a demonstrar solidariedade à comunidade carente do Morro do Chapéu Mangueira. Em 1984, Ideal é eleito vice-presidente da associação e, em 1985, presidente. Sua atenção para as associações de bairro havia nascido por uma outra associação, ALMA (Associação dos Moradores da Lauro Muller e Adjacências), talvez a primeira associação a demonstrar ímpetos combativos e autogestionários, o que terminou por influenciar outras associações.[23]O estímulo de Ideal Peres e o próprio desenvolvimento da militância no Rio de Janeiro apontaram para uma necessidade prática de trabalho e inserção social dos anarquistas que se acentuou após os contatos que tivemos com a FAU em meados da década de 1990. Por meio do Libera... e do contato com outros grupos no Brasil, auxiliamos a iniciativa da Construção Anarquista Brasileira (CAB) de 1996, difundindo o documento “Luta e Organização” que buscava dar suporte para a criação de grupos orgânicos que defendessem a idéia do anarquismo “especifista”. Podemos dizer que todo o anarquismo especifista no Brasil tem influência da CAB e da própria FAU, e conosco isso não é diferente. Desde então, a idéia da inserção social e de retomada do vetor foi se tornando cada vez maior. A história do Brasil e uma observação mais estratégica acerca da razão de ser do próprio anarquismo foram nos deixando cada vez mais convencidos que o especifismo era a forma de organização anarquista mais adequada para os nossos propósitos. Para nós, o caminho para a retomada do vetor social passa, obrigatoriamente, por um anarquismo organizado especificamente, que diferencie os níveis de atuação e que esteja presente na luta de classes. No entanto, ao contrário do início do século XX, quando o terreno privilegiado da luta de classes era o dos sindicatos, hoje consideramos que o sindicalismo pode ser um meio de inserção, mas há outros muito mais importantes do que ele. Conforme definimos anteriormente, há hoje uma classe de explorados muito ampla e que permite o trabalho e a inserção social dos anarquistas: desempregados, camponeses, sem-terras, sem tetos etc. Para nós, estar bem organizados no nível político (ideológico) nos permitirá encontrar o melhor caminho para trazer novamente este vetor social ao anarquismo, esteja ele onde estiver. Toda nossa reflexão atual tem por expectativa pensar um modelo estratégico de organização que nos possibilite uma retomada do vetor social, de forma que isso aponte para nossos objetivos de superação do capitalismo, do Estado e para a constituição do socialismo libertário. O que buscamos, neste contexto, é somente um posto na luta, conforme enfatizamos em nossa fundação: “Aqui se apresenta a FARJ, sem pedir outra coisa que um posto de luta, para que não morram sonhos formosos e profundamente justos.”[24] Notas: 13. Alexandre Samis. "Pavilhão Negro sobre Pátria Oliva". In: História do Movimento Operário Revolucionário. São Paulo: Imaginário, 2004, p. 179. 14. Ibidem. p. 136. 15. Pierre Monate. "Em Defesa do Sindicalismo". In: George Woodcock. Grandes Escritos Anarquistas. Porto Alegre: LP&M, 1998, p. 206. 16. Errico Malatesta. "Sindicalismo: a Crítica de um Anarquista". In: George Woodcock. Op. Cit. p. 207. 17. Alexandre Samis. "Anarquismo, ‘bolchevismo’ e a crise do sindicalismo revolucionário". (Ainda não publicado). 18. José Oiticica em A Pátria, 22 de junho de 1923. 19. José Oiticica, Fabio Luz e outros anarquistas radicados no Rio de Janeiro faziam parte de um grupo específico de anarquistas chamado Os Emancipados. 20. Alexandre Samis. "Anarquismo, ‘bolchevismo’ e a crise do sindicalismo revolucionário". 21. Ibidem. 22. Idem. "Pavilhão Negro sobre Pátria Oliva". In: História do Movimento Operário Revolucionário, p. 181. 23. Felipe Corrêa. Anarquismo Social no Rio de Janeiro: breve história da FARJ e de suas origens. Lisboa: CEL/Cadernos d’A Batalha, 2008, p. 25. 24. FARJ. "Manifesto de Fundação". Ir para a parte: [ 1 I 2 I 3 I 4 I 5 I 6 I 7 I 8 I 9 I 10 I 11 I 12 I 13 I 14 I 15 I 16 ] |
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O Congresso Anarquista que reunirá grupos de cerca de 10 estados do país em debates, acordos e resoluções para atuar em princípios e táticas comuns sobre a realidade brasileira tem um significado muito especial. Nossa convicção, em mais de 10 anos de processo, diz que o anarquismo militante tem irrenunciáveis aportes para as lutas por uma mudança social anticapitalista. [Français] [Ελληνικά] 10 anos do Fórum do Anarquismo Organizado. 02:50 Thu 10 May 0 comments No início de 2002 recomeçava de forma mais lúcida um processo de articulação nacional para o anarquismo organizado e com inserção social no Brasil. Há dez anos foi criado o Fórum do Anarquismo Organizado (FAO), com o objetivo de articular grupos regionais e também lutar pela construção de uma organização anarquista brasileira dotada de projeto político comum. De lá pra cá, conseguimos fazer avançar esse processo com a consolidação de organizações especificamente anarquistas em alguns estados. Okupação Cine São José - Campina Grande, Paraíba, Brazil. 10:43 Wed 25 Apr 0 comments Desde o dia 11 de Maio de 2010 o Cine São José está ocupado por estudantes e ativistas culturais sensibilizados com o descaso que tomava conta do velho prédio situado nas imediações do centro da cidade de Campina Grande PB. Carta de saudação pelos 10 anos de história e luta do CAZP 21:05 Thu 19 Apr 0 comments Nos próximos dias 13 e 14 de abril o Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP) comemora dez anos de história! Para nós da Organização Resistência Libertária (ORL) isso é motivo de muita alegria e comemoração. É um momento de afirmação da memória de luta construída por uma organização irmã, que compartilha conosco uma militância libertária há alguns anos, mantendo relações de solidariedade e troca de experiências militantes. Brasil: Fortalecer regionalmente o Anarquismo 07:26 Wed 11 Apr 0 comments Está dado mais um passo no avanço do Anarquismo Especifista no Nordeste do Brasil. Reunidos em Recife, nos empenhamos em aprofundar o debate sobre o especifismo e estruturação dos agrupamentos políticos em nossa região, com vistas ao nosso fortalecimento e consolidação. [English] Relato do Encontro de Formação do Fórum do Anarquismo Organizado - Regional Sul 01:18 Thu 22 Mar 0 comments Nos dias 17 e 18 de março de 2012 aconteceu em Florianópolis/SC um encontro de formação da região sul do Fórum do Anarquismo Organizado (FAO) [English] Formação do Núcleo Joinville 19:47 Wed 29 Feb 0 comments No dia 11 de Fevereiro de 2012, militantes da Organização Dias de Luta, de Joinville/SC, reuniram-se com membros do Coletivo Anarquista Bandeira Negra (CABN), de Florianópolis, com o objetivo de aproximar as duas organizações. Decidimos então que a Organização Dias de Luta deixa de existir e as duas organizações a partir de então reúnem-se no Coletivo Anarquista Bandeira Negra, que passa a possuir dois Núcleos: Joinville e Florianópolis. 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Infelizmente, de unos tiempos hacia acá en Brasil, se viene popularizando el absurdo llamado “anarco-capitalismo” como reivindicación de ese término por grupos de derecha. Toda vez que algún post nuestro se viraliza por internet, recibimos innumerables comentarios de jóvenes creyendo que es la mayor incongruencia hablar de anarquismo como parte del socialismo, y de socialismo libertario, etc. Le regroupement de tendance Jun 06 0 comments La tendance est une organisation que nous pourrions appeler de politico-sociale, en d'autres termes, c'est une organisation qui regroupe des secteurs populaires qui possèdent une affinité en relations aux questions méthodologiques et programmatiques, mais qui ne possèdent pas nécessairement des affinités en relation à une certaine idéologie (marxisme, anarchisme, autonomisme, etc.). La tendance, donc, n'est pas une organisation politique (parti) ni, non plus, une organisation de masses (mouvement populaire) ; elle existe à un niveau que nous pourrions appeler d'intermédiaire, entre le politique et le social. La tendance réunit des militant.e.s qui agissent dans un ou plusieurs mouvements populaires et dans les secteurs désorganisés de la population avec pour objectif de promouvoir à l'intérieur des mouvements dans lesquels ils/elles sont actifs/ves une méthodologie de travail et un programme déterminé, en plus d'organiser ces mouvements dans les secteurs les plus divers du peuple qui pour l'instant sont désorganisés. En plus de cela, la tendance offre un espace d'interaction entre les diver.e.s militant.e.s qui partagent des visions proches et sert a augmenter la force sociale de son incidence dans le camps populaire, augmentant son pouvoir d'influence dans ce camps et empêchant que d'autres personnes ou regroupements, qui possèdent des conceptions contraires, puissent faire prévaloir leurs visions et user d'autres militant.e.s pour atteindre leurs objectifs propres. La tendance donne de la cohérence opérationnelle aux militant.e.s qui agissent avec des objectifs clairs et bien définis et constitue la « face » du militantisme quotidien dans le travail social. Contrairement a aspirer à être l'avant-garde des mouvements, elle a la fonction de ferment et de moteur ; elle doit stimuler les mouvements populaires, garantir qu'ils possèdent la capacité de promouvoir leurs propres luttes, tantôt revendicatives (court terme), comme transformatives (long terme). Les militant.e.s de la tendance font partie intégrante du peuple et promeuvent le protagonisme populaire, en d'autres termes, ils et elles ont pour objectif de créer un peuple fort. Revista Socialismo Libertário 3 Mar 16 0 comments Terceiro número da revista Socialismo Libertário, publicada pela Coordenação Anarquista Brasileira (CAB). Veja aqui link para baixar a revista e para os artigos! more >>Comunicado da CAB às organizações amigas e parcerias de luta Feb 01 Coordenação Anarquista Brasileira 0 comments Comunicado sobre a saída de organizações da CAB e a manutenção do projeto de organização nacional do anarquismo especifista no Brasil. Comunicado da CAB sobre a saída d'organizações Jan 22 CAB 0 comments a CAB informa Mensagem ao Congresso Fundacional da Coordenação Anarquista Brasileira Jun 01 FAG 0 comments O anarquismo organizado no Brasil viverá nos dias de junho, no Rio de Janeiro, seu maior acontecimento histórico contemporâneo. O Congresso Anarquista que reunirá grupos de cerca de 10 estados do país em debates, acordos e resoluções para atuar em princípios e táticas comuns sobre a realidade brasileira tem um significado muito especial. Nossa convicção, em mais de 10 anos de processo, diz que o anarquismo militante tem irrenunciáveis aportes para as lutas por uma mudança social anticapitalista. [Français] [Ελληνικά] 10 anos do Fórum do Anarquismo Organizado. May 10 FAO 0 comments No início de 2002 recomeçava de forma mais lúcida um processo de articulação nacional para o anarquismo organizado e com inserção social no Brasil. Há dez anos foi criado o Fórum do Anarquismo Organizado (FAO), com o objetivo de articular grupos regionais e também lutar pela construção de uma organização anarquista brasileira dotada de projeto político comum. De lá pra cá, conseguimos fazer avançar esse processo com a consolidação de organizações especificamente anarquistas em alguns estados. Carta de saudação pelos 10 anos de história e luta do CAZP Apr 19 ORL 0 comments Nos próximos dias 13 e 14 de abril o Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP) comemora dez anos de história! Para nós da Organização Resistência Libertária (ORL) isso é motivo de muita alegria e comemoração. É um momento de afirmação da memória de luta construída por uma organização irmã, que compartilha conosco uma militância libertária há alguns anos, mantendo relações de solidariedade e troca de experiências militantes. more >> |